Depois de aprovado em primeira votação, o Projeto de Lei Complementar de autoria do Executivo goianiense, que permite a desafetação e alienação de 18 áreas públicas em Goiânia, vai ser discutido em audiência pública na Câmara Municipal.
A iniciativa é da vereadora Tatiana Lemos (PC do B), insatisfeita com as informações já existentes no documento. “Está tudo muito generalizado. Precisamos entender melhor qual será a destinação dessas áreas que estão sendo vendidas”, explicou na manhã desta quinta-feira, 6, à Rádio 730.
No projeto, o prefeito Paulo Garcia (PT) justifica a alienação e adensamento das áreas, que segundo ele estão subutilizadas. O questionamento da vereadora, porém, é sobre o que será construído nessas regiões. “Tenho medo de que o Plano Diretor da cidade seja desrespeitado. Não podemos adensar a Capital indiscriminadamente”, acrescentou.
O destino da verba arrecadada com a nova medida está condicionado à construção ou aquisição de hospital, criação do Parque do Cerrado no Park Lozandes; construção das sedes da secretaria de Educação, secretaria de Defesa Social e da Guarda Metropolitana; construção de viaduto na BR-153, no setor Novo Mundo; viaduto na Avenida 136 com a Marginal Botafogo; duplicação da Avenida Engler, duplicação da Avenida da Divisa, no setor Jaó; duplicação da Avenida Pio Correia, no setor Marilizia; implantação dos corredores exclusivos de ônibus nas avenidas 85, T-7,T-9 e 24 de Outubro e construção de viaduto na PL-2 com a BR 153, também no Park Lozandes.
Tatiana Lemos entende o interesse público na execução dessas obras, mas defende que o prefeito procure outras saídas financeiras. “Ele deve buscar o Governo Federal ou outros meios. Não podemos vender a cidade. A Prefeitura precisa se organizar”, finalizou.
As audiências deverão ocorrer no início da próxima semana, em dias e horários que ainda não foram divulgados. A segunda votação em Plenário só vai acontecer depois da discussão entre os vereadores e a população.