A tarifa de energia elétrica ficará 16,45% mais cara em Goiás a partir desta sexta-feira (22). A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou reajuste tarifário da Enel Goiás nesta quinta-feira (21), e os novos valores passam a ser tarifados de imediato.
Segundo a Enel, 13,14% do reajuste vai cobrir custos com a compra de energia, encargos setoriais e transmissão. Os outros 3,31% irão para manutenção e investimento na rede.
A distribuidora explicou que, em função da redução do nível dos reservatórios das hidrelétricas, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) precisou acionar mais usinas termelétricas. A energia oriunda delas têm um custo de geração mais caro, o que impactou as tarifas.
“A composição do reajuste foi, portanto, fortemente impactada pela crise hídrica enfrentada pelo país, com reflexo direto nos custos de compra de energia produzida pelos geradores, e pelos encargos setoriais. Importante destacar que o processo de reajuste iniciou com percentual de 24,4% e, após medidas implementadas pelo regulador, chegou-se ao percentual de reajuste médio aprovado”, afirmou a Enel.
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O reajuste para os consumidores residenciais, que representam mais de 85% de todos os clientes da Enel Goiás, foi de 16,37%. Esses clientes, que até então pagavam R$ 0,547/kWh na conta de energia, a partir do dia 22 de outubro passarão a pagar R$ 0,637/kWh. Para os clientes de média e alta tensão, em geral indústrias e comércios de grande porte, o reajuste médio será de 14,21%.
As tarifas de energia são definidas pela Aneel com base em leis e regulamentos federais. Estão incluídos impostos, encargos setoriais, custos de geração e transmissão de energia. Estes valores são arrecadados pela distribuidora, por meio da tarifa de energia, e repassados às empresas de geração, transmissão. De tributos federais impactam PIS/Cofins, enquanto o estado abocanha uma parcela via ICMS.
De acordo com a Enel, a cada R$ 100 de uma tarifa de energia elétrica, apenas R$ 19,95 ficam com a empresa. “Com essa parcela, a concessionária realiza toda a operação e a manutenção da rede elétrica e investe na expansão e na qualidade do seu sistema de distribuição”, justificou.