O Flamengo está na final da Taça Guanabara. Neste sábado, a equipe venceu o Vasco por 1 a 0 no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, conquistou a vaga na decisão e, de quebra, encerrou um tabu de nove jogos sem derrotar o rival.
O único gol rubro-negro na partida foi marcado por Diego aos 40 minutos do primeiro tempo, em cobrança de pênalti sofrido por Everton.
O título do primeiro turno do Campeonato Carioca será decidido no dia 5 de março contra o Fluminense, que avançou com empate sem gols diante do Madureira.
De Diego para a rede
Quando Willian Arão lançou Everton nas costas de Luan aos 39 minutos do primeiro tempo, o zagueiro vascaíno não viu outra opção além de cometer o pênalti, uma vez que o atacante rival sairia na cara de Martin Silva. A fria cobrança de Diego resumiu toda a experiência de sua carreira: bola no centro do gol e no fundo da rede.
Questão de centímetros
O Vasco se salvou de uma derrota maior aos 24 do segundo tempo. Acompanhe o lance: Martin Silva defendeu o chute de Diego, mas cedeu rebote a Réver, que completou no susto e viu Rodrigo tirar a bola em cima da linha. Ela ainda sobrou para Romulo, que viu o goleiro uruguaio adiantado e tentou encobri-lo, mas a zaga afastou.
Sai, tabu
Além da vaga na final da Taça Guanabara, o Flamengo também encerrou um tabu de nove jogos sem vencer o Vasco. Isso não acontecia desde 22 de março de 2015. Desde então, foram seis triunfos cruz-maltinos, três empates e três eliminações, sendo duas no Carioca e uma na Copa do Brasil.
Esquentou
O clássico que já era truncado viu a intensidade crescer ainda mais aos 34 do primeiro tempo, quando Wagner recebeu um leve tapa de Mancuello no rosto. O argentino levou cartão amarelo, mas caiu logo em seguida após um empurrão. Nenê e Guerrero ainda trocaram farpas enquanto o zagueiro Rodrigo era amarelado pelo árbitro Leonardo Garcia Cavaleiro.
Trabalho sob as traves
Os goleiros de Flamengo e Vasco trabalharam bem no primeiro tempo. Muralha impediu um chute de Jean no meio do gol aos sete minutos e uma finalização de Kelvin aos 13. Martin Silva, por sua vez, salvou o Cruz-Maltino aos 15 após uma tentativa de Everton.
Só vale um lado?
Curiosamente, as duas equipes insistiram nas jogadas por um único lado do campo: enquanto os vascaínos usavam sua direita no ataque, o setor ofensivo flamenguista apostava na sua esquerda. Do outro lado do campo, Pará e Henrique pouco trabalharam.
Carnaval dos milhões
Salvo pequenos desentendimentos do lado de fora do Raulino de Oliveira, o clima entre os torcedores foi de paz. Um bom sinal para o futuro dos clássicos no Rio de Janeiro, uma vez que os dois clubes se comprometeram a promover a paz nos estádios em parceria com a Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro). Sem torcidas organizadas, que não contaram com o benefício da meia-entrada para esta partida, parte do público presente apostou nas fantasias carnavalescas.
FLAMENGO
Muralha; Pará, Réver, R. Vaz e Trauco; Rômulo, W. Arão e Diego; Mancuello (Gabriel), Everton (Berrío) e Guerrero (Felipe Vizeu)Técnico: Zé Ricardo
VASCO
Martin; Gilberto, Luan, Rodrigo e Henrique; Jean, Douglas (Guilherme Costa), Kelvin (Muriqui), Nenê e Wagner (Escudero); ThallesTécnico: Cristóvão Borges
Estádio: Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ)
Árbitro: Leonardo Garcia Cavaleiro
Auxiliares: Wagner de Almeida Santos e Jackson Lourenço dos Santos
Cartões amarelos: Trauco, Mancuello, Pará (F); Luan, Kelvin, Rodrigo, Jean (V)
Gols: Diego, aos 40min do primeiro tempo (F)