Igor Henrique Meneses Barreto, de 20 anos, um dos responsáveis pela morte do policial Oscar Charife Abrão Garcia, de 31, ao ser apresentado pelas autoridades, disse que não pretendia atirar no policial civil. Outras três pessoas participaram da ação. O taxista Bruno Costa Campos, de 30 anos, está foragido. Segundo a Polícia Civil, ele é o responsável por transportar os autores e receberia parte do material roubado.
No momento em que estava sendo apresentado pelas autoridades, Igor alegou que estava com medo. “Admito que fiz isso, atirei na agonia. Não sabia que era polícia. Fiquei com muito medo”.
Robert Henrique Pereira Gonçalves, de 18 anos, um menor de 16 anos e Igor foram armados em posse de dois revólveres calibre 38 e uma pistola ponto 40, até um pit dog situado em uma praça no início da Avenida República do Líbano no setor Oeste, em Goiânia. O policial civil morreu na madrugada do domingo (7) após ser baleado pelos assaltantes no estabelecimento.
No momento do assalto, Robert foi baleado pelo policial e morreu. O menor foi atingido no pé, mas conseguiu roubar um carro e fugiu. Ele foi apreendido na UPA de Senador Canedo. Igor após o crime fugiu e foi preso numa clínica de recuperação. Ele alegou ser usuário de drogas, mas segundo a polícia, possivelmente foi até o local para se esconder.
“Ele não confirmou esta informação, mas nós temos a suspeita de que ele teria ido para esta clínica a fim de ocultar da ação policial”, afirmou o coordenador do Grupo de Repressão a Latrocínios da DEIC, Klayter Camilo Rezende de Faria.
Os assaltantes possuem extensa ficha criminal. Robert que possivelmente é o responsável pela morte do policial tem passagens por roubo, tráfico, posse e consumo de drogas. Igor já foi pego por roubo e tráfico de drogas. Ele estava sendo investigado por um homicídio no Jardim Novo Mundo no dia 27 de novembro do ano passado.
“Uma coisa que nos chama muita atenção. Igor já estava sendo investigado. Todos eles tinham muitas passagens. Não é possível dizer quem seria o mentor, mas havia um ajuste entre eles. Todos vão responder pelo crime de Latrocínio”, afirmou o delegado.
Bruno Costa Campos de 30 anos dirigia um táxi. Ele era amigo dos criminosos. Em depoimento Igor relatou que a divisão do material roubado era igual entre eles. O taxista tinha a missão de fazer o transporte antes e depois do crime. No caso envolvendo o agente Oscar, os assaltantes não foram levados, pois o crime não saiu como planejado. Bruno está foragido e é procurado pela polícia.
O caso ocorreu por volta das duas e meia da manhã do último dia 7. O fato foi apurado por equipes das Delegacias de Investigações Criminais e de Homicídios, Grupo de Investigação de Homicídios de Aparecida, local onde o agente era lotado. O policial Oscar Charife Abrão Garcia, era sobrinho do desembargador Charife Oscar Abrão, estava na lanchonete quando três homens chegaram ao local e anunciaram o assalto.
Segundo a União Goiana dos Policiais Civis (UGOPOCI), contando com o policial Oscar Charif já é o terceiro policial civil morto por bandidos em menos de 45 dias. O primeiro foi o delegado aposentado Célio Cassimiro Tristão, vitimado no dia 29 de Dezembro de 2015. O segundo foi o policial civil aposentado Vergílio Costa, assassinado no dia 22 de janeiro de 2016 as margens do Lago Serra da Mesa.