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Goiânia
| Em 4 anos atrás

Suspeito de mandar matar advogados em Goiânia pagaria R$ 500 mil a executores

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O homem preso nesta terça-feira (17), suspeito de ser mandante dos assassinatos dos advogados Marcus Aprigio e Frank Alessandro Carvalhaes, no dia 28 de outubro, em Goiânia, ofereceu um contrato de até R$ 500 mil aos suspeitos de executar as vítimas.

Segundo o delegado titular da Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH), Rilmo Braga o contrato previa o pagamento desse montante caso os dois fossem presos pela polícia. Se eles tivessem êxito em matar os advogados sem ser pegos, o valor seria de R$ 100 mil. “Esse montante não chegou a ser passado pela velocidade da operação”, informou o delegado.

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De acordo com o delegado Rhaniel Almeida, que coordenou a investigação, os investigadores descobriram que os suspeitos da execução do crimes já faziam planos para o dinheiro no dia em que foram presos, um dia após os homicídios. “Um deles iria reformar a casa e já teria contratado até o pedreiro. O outro passou o dia olhando casas para comprar em Porto Nacional-TO”, destacou o delegado.

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Além dos valores de contrato, o mandante teria bancado, por meio de um intermediário, também preso na operação, a estadia dos executores em Goiânia por uma semana, de 21 a 28 de outubro. Após o crime, o suspeito preso pela execução pediu mais R$ 10 mil ao intermediário, que repassou R$ 5 mil a ele.

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O contrato de execução teria sido ofertado inicialmente somente ao acusado que está preso. Ele, então, teria sublocado ao outro, que acabou morto em confronto com a Polícia Militar do Tocantins. Segundo a DIH, um homem detido suspeito de intermediar o crime teria sido o elo de ligação entre o mandante e o suspeito da execução. “Ele não confessa. Alega somente que o mandante pediu alguém para cobrar dívidas”, relata o delegado. A Polícia Civil, porém, descarta essa hipótese.

Crime envolve disputa por fazenda

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A DIH confirmou que a motivação do crime envolve uma disputa por terras na divisa de Goiás com a Bahia. O suspeito de ser o mandante do crime, segundo a Polícia Civil, tem várias fazendas muito valiosas e essa era uma delas.

No caso em questão, segundo o Jornal O Popular, a terra valeria R$ 46 milhões, valor não confirmado pela DIH na coletiva desta quarta-feira (18). O suspeito foi preso após ser interceptado na região de Catalão, quando se deslocava para o Paraná. Ele e nenhum dos outros suspeitos presos foram ainda interrogados formalmente.

“Desde o começo acreditávamos que, pela idoneidade das pessoas mortas, estaria relacionado ao trabalho deles. Fizemos um trabalho grande de mapeamento das ações que trabalharam, as mais sensíveis”, relatou Rilmo Braga.

Segundo o delegado, o inquérito está praticamente finalizado, restando apenas poucas diligências. Ele estima que o inquérito seja remetido à Justiça na próxima semana.

Veja a coletiva na íntegra

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