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Categorias: Brasil
| Em 5 anos atrás

Suspeito de fraudar receita de jogos, Roni ex-Vila e Fluminense é preso em Brasília

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No inicio da carreira em 1996, Roni foi campeão da Série C do Brasileiro, pelo Vila. O destaque fez com que ele fosse parar no Fluminense. Fez carreira no mundo da bola em times de destaque. Atuou pela gélida Rússia e também no Japão. Teve também passagens em clubes rivais aos que o catapultaram para o destaque: Goiás e Flamengo estiveram em seu currículo. Foi campeão estadual por ambos. Longe dos gramados desde 2012, Roni administra a empresa de consultoria e gerenciamento esportivo Roni7. Por meio dela, o ex-jogador comprou o mando da partida entre Botafogo e Palmeiras, realizada ontem (25/05). Ele foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em decorrência da Operação Episkiros, e é acusado de fraudar borderôs em jogos que sua empresa organiza, disputados em Brasília. O presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal, Daniel Vasconcelos também foi preso.

No jogo que terminou em vitória de 1×0 para o Palmeiras que consolidou sua liderança no Campeonato Brasileiro, foram cumpridos sete mandados de prisão temporária e 19 de busca e apreensão expedidos pela 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal. A operação foi coordenada pela Divisão de Crimes contra a Ordem Tributária (Dicot) da Polícia Civil.

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Quando foi abordado pelos policiais, o jogo ainda não havia iniciado e Roni estava na área VIP do Estádio. A operação da Policia Civil mira grupo criminoso especializado em fraudar o erário na realização de jogos de futebol. A investigação aponta indícios de ocorrência dos crimes de estelionato majorado, associação criminosa, falsidade ideológica e sonegação fiscal. Eles declaravam um valor bem menor do que a receita dos ingressos. Mais de 150 policiais participaram da Operação.

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A empresa de Roni foi fundada em 2012, assim que se aposentou após curta passagem pela Anapolina. Segundo a página oficial da empresa, o “objetivo é gerenciar a carreira e assessorar atletas jovens e profissionais. O foco é dar atendimento diferenciado aos nossos clientes e conseguir excelentes oportunidades”. Não há nenhuma referência, no entanto, a organização de jogos.

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Informações do divulgadas pelo portal Metrópoles dão conta que o negócio de Roni é altamente rentável. Em 2016, a empresa de Roni organizou cinco dos oito jogos das quatro mais tradicionais equipes do Rio, na Série A disputados em Brasília. As partidas movimentaram R$ 7 milhões. No ano anterior, o ex-atleta desembolsou R$ 1 milhão para oferecer um voo fretado e tentar convencer a diretoria do Cruzeiro a tirar o jogo da primeira rodada do Campeonato Brasileiro de Brasília.

Na reportagem, Metrópoles também mostra que inicialmente a empresa era voltada para agenciar jovens jogadores, mas o contato com os grandes clubes fez com que Roni expandisse os negócios. A produtora passou a pagar as cotas dos clubes, as taxas das federações e custos como viagens, seguranças e funcionários envolvidos nos jogos.

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Com seu desempenho em destaque no final dos anos 90, Roni chegou a seleção brasileira. Disputou a Copa das Confederações numa campanha que terminou com o vice-campeonato. O México levantaria o caneco daquela competição. Em 2014, Roni voltou ao Vila como diretor de futebol. O fim daquela temporada foi catastrófico para o time colorado: com apenas 32 pontos somados ao final de 38 rodadas, o Vila terminou a campanha na penúltima colocação do Campeonato e disputou a Série C em 2015. Só não fez mais pontos que o Icasa.

 

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.