Acusado de mais um crime sexual na avenida Paulista, Diego Novais, 27, disse à polícia que escolhe as vítimas aleatoriamente. “A que estiver mais perto, no momento certo e no lugar certo” afirmou ao delegado.
Novais disse que começou “a ter problemas” após um acidente de carro que sofreu em 2006. “Mas ele falou que só em 2010 que ele começou a ter problemas nesse sentido [de cunho sexual]. Ele diz que esse acidente tem relação, mas é estranha essa relação”, disse o delegado Rogério Nader, da 78º DP.
O acusado disse também que nunca foi casado e vive com o pai, a mãe e os irmãos na região de Interlagos (zona sul de São Paulo). Era para casa que ele se dirigia quando pegou o ônibus e foi tomado, segundo disse aos policiais, por uma vontade sexual.
Ele já havia sido detido na terça-feira (29) após ejacular no pescoço de uma outra mulher em ônibus que percorria a avenida Paulista, mas foi solto por decisão judicial no dia seguinte.
Ao menos 17 outras acusações de crimes sexuais constam em sua ficha corrida.
Uma testemunha do crime deste sábado relatou em depoimento que, após tirar o pênis para fora, Novais encostou na vítima, que se afastou. Segundo o relato, ele agarrou com força uma das pernas da mulher -descrição reforçada pelo depoimento da própria.
Para o delegado, isso confirmaria que houve violência no ato e, por esse motivo, seria um caso de estupro, com constrangimento.
O acusado nega ter agarrado a perna dela. “Ele diz que não é estupro. Até parecia demonstrar algum conhecimento [da lei]”, afirmou o delegado.
O rapaz foi detido por um dos dois passageiros homens que estavam no ônibus, após os gritos da vítima, cujo nome, profissão e idade não foram divulgados. O motorista, então, fechou as portas e ligou para a Polícia Militar, que chegou em seguida.
O acusado será transferido na tarde deste sábado (2) para o 2º DP (Bom Retiro). Neste domingo (3), ele passará por uma audiência de custódia, que será seguida da decisão do juiz de plantão.
O delegado explicou que insistirá no pedido de avaliação de sanidade mental para internação em manicômio judicial. Como alternativa, ele incluirá no mesmo pedido à prisão preventiva.
(FOLHA PRESS)