O superintendente do Hospital das Clínicas (HC), da Universidade Federal de Goiás (UFG), José Garcia, afirmou nesta segunda-feira (2), que não recomenda uma nova demanda de pacientes de Manaus (AM) para tratamento em unidades do estado de Goiás. A informação foi passada durante entrevista concedida aos jornalistas Altair Tavares e Mateus Oliveira, no Jornal Bandeirantes, da Rádio Bandeirantes (820).

Após o registro da terceira morte no HC e levando em consideração que 90% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Goiás se encontram ocupados, José Garcia alega que o ideal, neste momento, é que a distribuição dos pacientes amazonenses seja destinada a outros estados.

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“É um momento realmente difícil, nós estamos negociando, inclusive, para aumentar os leitos. Foi um encaminhamento não planejado, de última hora. Fomos informados praticamente 12 horas antes da chegada destes pacientes. E nós aceitamos, numa situação de extrema dificuldade emergencial e solicitação do Ministério da Saúde, mas informamos que, agora, realmente fica difícil até para ajuda emergencial, visto que nós temos que manter o atendimento para o povo goiano”, explica.

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O Hospital das Clínicas recebeu 30 pacientes de Manaus para tratamento da Covid-19. Atualmente, de acordo com o superintendente, 22 permanecem na unidade. Destes, nove estão na UTI e 13 na enfermaria. 

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Segundo José Garcia, a paciente que foi a óbito na noite desta segunda-feira (1), uma mulher, de 58 anos, fazia parte do primeiro grupo de pacientes transferidos, que chegou em uma situação pior do que era esperado. “Pelo menos metade deles estavam em situação grave e quatro, em situação gravíssima”, relatou.

Já os pacientes internados na enfermaria, se recuperam de maneira acelerada, de acordo com o superintendente, e devem receber alta nos próximos dias. “Já tivemos, atualmente, oito altas e esperamos que estes pacientes também sejam liberados com segurança”, afirma.

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Apesar de não saber se a nova cepa do coronavírus, já presente no estado, é alterada de Manaus ou não, o superintendente do HC afirma que o cuidado, na unidade, tem sido “extremamente rigoroso”, para que o vírus não seja espalhado.

“O nosso cuidado é extremamente rigoroso, de vigilância hospitalar, vigilância de transporte e, enfim, de vigilância sanitária, para que esse vírus não saia, fique localizado apenas no paciente e não contamine mais ninguém. Isso é possível ser feito através de técnicas de controle e isolamento como estão sendo feitos e é bastante seguro”, pontua José Garcia. 

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