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Cidades
| Em 3 anos atrás

Subvariante da ômicron pode elevar número de internações com menores riscos de gravidade, avalia especialista

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O aumento no número de casos de Covid-19 gera preocupação com relação a um novo caos no cenário da saúde, com a consequente possibilidade de crescimento, também, na taxa de ocupação hospitalar e óbitos em decorrência da doença. O atual momento, entretanto, não condiz com os períodos registrados anteriormente, de acordo com o médico infectologista, Marcelo Daher.

Segundo o especialista, o vírus em circulação é diferente do que circulava em momentos anteriores e possui menores probabilidades de evolução para casos graves. “Nós temos a circulação  de uma subvariante da ômicron, que é a BA2, e provavelmente, a BA2.12”, elucidou, ao Diário de Goiás, em comparação com o cenário registrado na Europa e nos EUA. “Essa subvariante tem como característica maior transmissibilidade”, avaliou. 

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Diante da afirmativa, o infectologista disse que a tendência é para que se repita o que aconteceu no início deste ano, onde foi observado um grande número de casos com rápido registro de queda. Há, entretanto, a possibilidade de maiores internações. “Uma característica dessa variante, que a gente observou na Europa, foi que ela levou um pouco mais de pessoas para a internação. Ou seja, ela aumentou um pouco mais o número de internações do que a Ômicron pura, a BA1. Então, talvez a gente veja uma elevação de internações, sim”, enfatizou.

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O especialista, porém, ressalta as menores chances de evolução para quadros graves. “A gente observa que o cenário atual é de uma doença bem mais leve do que era a doença anteriormente vista, como a variante Gama, que foi a que circulou aqui no Brasil com maior intensidade. Então, provavelmente, vamos ver elevação de casos, com algumas internações, alguns problemas pontuais, mas não tendo uma elevação tão grande de número de mortes”, ponderou.

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Imunização

Marcelo Daher frisou, ainda, a questão da imunidade, que também diminui com o tempo. Por isso, a importância da vacinação e sua periodicidade, com a devida aplicação das doses de reforços, em especial para os grupos de risco. “A gente precisa intensificar as doses de reforço, seja terceira ou quarta dose, para os grupos de maior risco, para que a gente não veja elevação de gravidade novamente”, pontuou. 

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“Alguns dados demonstrados no Congresso Americano mostram claramente que as doses de reforço conferem uma maior proteção contra essas variantes e diminuem o risco de gravidade, internação e óbito. Então é importante que as pessoas entendam isso e façam as doses de reforço que precisam ser feitas. Isso acontecendo, provavelmente nós vamos ver, assim como a gente vê com outras doenças respiratórias, um aumento de casos, um aumento ligeiro de internações, mas sem que isso seja um número, um caos na saúde pública”, elucidou.

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