Um pênalti infantil de Kimpembe nos acréscimos do jogo, na Alemanha, custou uma vitória importante ao Paris Saint-Germain e também a liderança do Grupo A da Liga dos Campeões. Com o empate por 2 a 2, diante do RB Leipzig, nesta quarta-feira, o time francês foi ultrapassado pelo Manchester City. Ao golear o Brugge, por 4 a 1, o time inglês subiu para o primeiro lugar, com nove pontos, diante de oito dos franceses. Com um, os alemães estão eliminados e o Brugge, com quatro, ainda sonha.
O gol no fim estragou um dia que seria perfeito e de redenção para Wijnaldum. O holandês foi contratado sob enorme expectativa, mas não vinha justificando tamanho investimento e o “chapéu” no Barcelona, com o qual tinha tudo acertado. Reserva de Verratti e Messi, ele finalmente se destacou. Nesta quarta-feira, substituiu o argentino, poupado, e fez os dois gols dos franceses que deixavam o time a um empate das oitavas de final da Liga dos Campeões até os 47 minutos do segundo tempo, quando surgiu o gol de empate.
O Barcelona tinha tudo acertado com o ex-meia do Liverpool quando o PSG entrou na história ao oferecer contrato e salário maiores. O destino de Wijnaldum, então, mudou para Paris. Alguns jogos depois, ele já era dado como fora dos planos do clube por não render o esperado. Mas as lesões de alguns titulares o fizeram voltar à cena.
Na rodada passada, também em jogo sofrido diante do Leipzig e virada no fim após 2 a 1 contra, Messi decidiu com dois gols. Desta vez, o astro ganhou um descanso por causa de dores musculares e o substituto cumpriu bem sem papel com os dois gols Mas acabou frustrado com a bola na rede de Szoboszlai no fim.
O JOGO – Com poucos segundos, André Silva recebeu em posição ilegal e bateu para gigante defesa de Donnarumma. Mal soou o apito e os alemães mostraram que seriam extremamente agressivos para somar o primeiro ponto na competição.
Sem Messi, poupado por causa das dores musculares, a missão de conduzir o PSG ao ataque estava nos pés de Neymar e Mbappé, de volta após problemas no nariz e na garganta. Mas a dupla nem bem pegou na bola e já viu a explosão nas arquibancadas de Leipzig, na famosa lei do ex.
André Silva recebeu na ponta esquerda e cruzou com precisão para Nkunku, revelado nas categorias de base do clube francês, abrir o marcador de cabeça. Não comemorou por respeito. Responsável pela assistência, o português estava elétrico e dois minutos mais tarde sofreu pênalti de Danilo.
Pegou a bola e em cobrança sem força, mandou nas mãos de Donnarumma. O goleiro salvou o time de um enorme prejuízo com somente 11 minutos. Sem Verratti e Messi, o PSG não conseguia colocar a bola no chão e apelava à ligação direta, com zagueiros servindo os atacantes em jogadas sem êxito.
No primeiro ataque bem feito pelos visitantes, troca de passes de primeira em alta velocidade até Wijnaldum receber de Mbappé, livre, e decretar a igualdade no marcador a quem sofria pressão impressionante.
O gol foi uma ducha d’água fria aos alemães. Eram soberanos no campo e acabaram castigados no primeiro ataque do PSG. A torcida gritava alto para o desânimo não afetar seus jogadores, mas em um escanteio, novo castigo. O brasileiro Marquinhos desviou de cabeça e encontrou Wijnaldum livre. O auxiliar anulou, mas o VAR corrigiu a marcação. O Leipzig dominou a etapa toda e foi ao descanso em desvantagem.
A segunda etapa foi bem diferente. Com espaços para contragolpes, o PSG chegou muito ao gol adversário e até podia ampliar com o tanto de chances criadas e desperdiçadas, sobretudo por Mbappé. O goleiro do Leipzig trabalhou bem.
Sem saída senão atacar, o Leipzig se lançava inteiro ao ataque. E também assustou Donnarumma, bem quando exigido. O capitão Marquinhos era um gigante na defesa, cortando ótimas tramas dos alemães.
A pressão durou até o apito final, com os alemães corajosos e dispostos a empatar. Num cruzamento, o VAR flagrou um pênalti infantil de Kimpembe, que subiu nas costas do atacante. Desta vez quem assumiu a cobrança foi Szoboszlai, que não desperdiçou para felicidade dos alemães, que jogaram muito bem os dois confrontos com o PSG e não mereciam sair derrotados em ambos.
GOLEADA E LIDERANÇA – O Manchester City levou um susto quando a bola bateu na cabeça Stones e foi contra as próprias redes, igualando o placar em 1 a 1 no Etihad Stadium ainda no primeiro tempo. Foden havia aberto o placar em jogada iniciada por Gabriel Jesus e o domínio era amplo.
O Brugge queria surpreender na Inglaterra e até conseguiu levar a igualdade ao vestiário. Mas os ingleses espantaram a zebra após o descanso com gols de Mahrez e Sterling, vitais na campanha do vice da temporada passada, mas na reserva atualmente, e de Gabriel Jesus.
A goleada por 4 a 1 foi bastante comemorada e a vaga pode ser confirmada na próxima rodada, com um triunfo diante do PSG, na Inglaterra.
(Conteúdo Estadão)