O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello será relator do processo que investiga o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Marco Polo Del Nero, e outros ex-dirigentes da entidade, por suspeita de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, entre outros crimes. As investigações chegam ao STF por reconhecerem o envolvimento de investigado com foro privilegiado.
As denúncias foram inicialmente apuradas pela CPI do Futebol do Senado, iniciada em 2015. O inquérito, que propôs ao MPF (Ministério Público Federal) o indiciamento dos dirigentes, teve como base o relatório alternativo apresentado à CPI pelos senadores Randolfe Rodrigues (REDE-AP) e Romário (PSB-RJ) -o ex-jogador presidiu o colegiado.
O relatório oficial aprovado pela CPI, de dezembro de 2016, assinado por Romero Jucá (PMDB-RR), atual líder do governo no Senado, não propôs o indiciamento de qualquer autoridade do futebol.
O texto paralelo ainda sugere o indiciamento dos ex-presidentes da CBF Ricardo Teixeira e José Maria Marin, e o empresário José Hawilla.
O relatório enumera diversos supostos crimes cometidos por autoridades da CBF e também do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014.