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Por 3 votos a 1, a Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) arquivou nesta terça-feira (11) um inquérito da Lava Jato que investigava fatos relacionados à senadora Katia Abreu (PDT-TO), vice do presidenciável Ciro Gomes (PDT).

Kátia Abreu foi citada em delação da Odebrecht, na Lava Jato. Executivos da empreiteira disseram ter repassado R$ 500 mil para sua campanha em 2014 em caixa dois eleitoral -ela nega.

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A PGR (Procuradoria-Geral da República) havia pedido prorrogação de prazo para colher depoimentos relativos a doações da empreiteira à campanha da senadora em 2014.

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Relator do processo, o ministro Gilmar Mendes entendeu que os indícios da investigação aberta há 15 meses eram frágeis e baseados apenas na palavra dos delatores. Para ele, o caso deveria ser arquivado. “Aqui, essa montanha de delatores da Odebrecht. Todos são testemunhas de ouvir dizer. Aprenderam os fatos quando foram escalados para fazer a delação premiada. De que vale isso?”, disse Gilmar.

Seu voto foi seguido pelos colegas Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.

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“O que se espanta nesse caso é que após um ano e meio não se encontrou absolutamente nada contra a senadora e candidata a vice presidente da República.

Não é possível que qualquer cidadão seja submetido a uma investigação sem prazo”, disse Lewandowski.

Para Toffoli, as declarações que envolveram Katia Abreu sequer deveriam ter sido parte da investigação.

Para Edson Fachin, a investigação deveria prosseguir.

O ministro Celso de Mello não participou da sessão. (Folhapress) 

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