Três novos casos de assédio sexual envolvendo o ator Kevin Spacey vieram à tona nesta sexta (3) após a publicação de uma reportagem pelo site “BuzzFeed”.
Um deles foi vivido por Justin Dawes, que tinha 16 anos na época do incidente, em 1988. Spacey tinha 29 anos. Eles se conheceram no teatro Long Wharf, no Estado de Connecticut, onde o rapaz trabalhava como voluntário.
Dawes contou que ele e um amigo foram convidados para assistir ao filme “Chinatown”, de Roman Polanski, na casa do ator. Quando chegaram ao apartamento, foram recebidos com drinques e pornografia na televisão.
O homem considerou a atitude desprezível e manipuladora, mas diz que não se sentiu intimidado. “Eu era um adolescente bastante confiante. Não acreditava que ele fosse tirar vantagem de mim”, contou.
Outro caso de assédio ocorreu no início dos anos 2000 e envolveu um jornalista, que preferiu não ser identificado na matéria.
Após uma entrevista no teatro Old Vic, em Londres, Spacey convidou o homem, que tinha pouco mais de 20 anos, para tomar um drinque com um grupo de amigos.
Segundo ele, no bar, o ator insistia em colocar a mão entre suas pernas e até o segurou quando tentou ir embora.
“Eu acabei voltando a sentar, mas ele continuou se esfregando na minha perna. Mudei de assento e ele me seguiu. Eu tentei não fazer uma grande cena porque eu tinha que escrever uma matéria sobre ele”, afirmou.
O jornalista contou que, quando decidiu ir embora de vez, Spacey o seguiu e o impediu de sair. “Ele gritou comigo com muita fúria porque eu não queria transar com ele. Ele dizia que eu queria, sim, e que era um covarde. Inacreditável”, lembrou.
O terceiro episódio ocorreu com Mark Ebenhoch, um conselheiro militar que trabalhou no set de “Outbreak” (1995). O homem tinha 35 anos na época.
Quando faltavam cerca de quatro semanas para o fim das filmagens, um dos assistentes de Spacey o abordou pedindo que fosse até o trailer do ator. Ebenhoch, que é gay, disse que ficou “atordoado” com a abordagem. “Como um conselheiro militar, a última coisa que você quer é que alguém saiba que você é gay”, disse.
HISTÓRICO
Na última semana, oito profissionais da equipe de “House of Cards” relataram à CNN que Spacey transformou as filmagens da série em um ambiente tóxico por causa de assédio sexual. Entre os denunciantes está um assistente de produção, que diz ter sido atacado durante um deslocamento de carro a um set de gravação.
A Netflix informou nesta sexta (3) que “House of Cards” não terá mais a participação de Kevin Spacey e que não lançará “Gore”, filme que tem o ator como protagonista e cuja estreia estava prevista para 2018.
A polícia britânica investiga acusação de assédio sexual feita contra o ator Kevin Spacey. O episódio teria ocorrido quando ele ainda era diretor do Old Vic Theatre, em Londres.
Segundo informações do jornal “The Guardian”, um homem alega ter sido abusado por Spacey em 2008, quando tinha 23 anos, após tomar um drinque na casa do ator.
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