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Política
| Em 4 meses atrás

“Sou o candidato do presidente Lula e do vice, Geraldo Alckmin, em Aparecida”, afirma Willian Panda

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Último a entrar na disputa pela Prefeitura de Aparecida de Goiânia, o vereador Willian Panda (PSB) está decidido a fazer uma campanha focado no legado das administrações do presidente Lula, de quem diz ser “o candidato em Aparecida”, e da ex-presidente Dilma Rousseff. Formado em administração Pública e Química, o vereador conseguiu formar uma coligação com seis partidos: PSB, PT, PV, PCdoB, PSOL e Rede.

Essa aliança beneficia Panda com um bom tempo de televisão na eleição deste ano. “Suficiente para apresentar as propostas para nossa gestão na Prefeitura”, observou em entrevista ao editor-chefe do Diário de Goiás, jornalista Altair Tavares.

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Panda cita parcerias com Lula e Dilma

Sobre o mote em torno do legado das gestões petistas, ele está afiado, tem dados históricos e números nas mãos. “Iniciei no movimento estudantil. Estive junto com Maguito [Vilela, ex-prefeito de Aparecida] e vi que as parcerias com Lula e depois Dilma, foram o que mudou nossa cidade”, afirmou.

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Ele comemora a coligação celebrada com outros partidos do campo mais à esquerda, inclusive tendo a empresária Aline Pereira candidata a vice pelo PV. “Será a primeira mulher a concorrer ao cargo”, pontua.

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Sobre os dois principais adversários, Alcides Rodrigues (PL) e Leandro Vilela (MDB), ele fala que o desejo é evitar polarização. “O eleitor precisa entender que vai escolher um prefeito, que vai cuidar da zeladoria da cidade, do tapa-buraco, de fazer o asfalto, a infraestrutura básica, manter escolas e postos de saúde funcionando, tratando de leis municipais amparadas em leis federais. Não é uma eleição nacional, é sobre os rumos de Aparecida, então polarização não ajuda”, enfatizou.

Coligação mostra grandeza de aliança, afirma candidato

Para ele, a coligação mostra a grandeza da aliança construída na última eleição. “Vamos mostrar o legado (federal). Outros candidatos estão mostrando o que fizeram e eu também vou porque participei desses momentos áureos dos investimentos durante governo Maguito com recursos praticamente totais, de 90 a 95% [de dinheiro da União], para mudar a história de Aparecida”, E citou como exemplo as UPAS dos setores Buriti Sereno, Brasicon e Parque Flamboyant.

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O vereador seguiu listando: “Mais de cem bairros asfaltados com recursos do presidente Lula ou da presidente Dilma nos governos do Maguito, 37 unidades básicas, um hospital municipal que é referência com mais de R$ 62 milhões no governo Dilma; 39 Cmeis, duas escolas de tempo integral de 3 que a cidade tem, áreas para a UFG, o IFG, duas praças CEUs”.

O vereador afirmou que Alcides e Leandro “não apenas negam que exista esse legado [da União], quanto ignoram que foram as parcerias que deram o crescimento atual à cidade”. Ele prosseguiu enfatizando que parcerias são necessárias e devem ser lembradas também quando envolvem os governos estaduais. “O próprio Maguito, quando governador, fez parcerias com a prefeitura de Aparecida”, lembrou.

Para o candidato, negar ou resistir a celebrar parcerias federais pode causar grandes problemas para Aparecida. “Nossa cidade, como as outras do país, depende muito das obras, dos investimentos, dos programas sociais e dessas parcerias”, frisou.

Vídeo do vice-presidente

Em seguida disse que tem uma proposta diferente, focada no apoio que pode obter de outras esferas e governos. “Quero propor desenvolvimento econômico aliado com desenvolvimento social. O vice-presidente Geraldo Alckmin gravou um vídeo dizendo que tem compromisso com nossa cidade, com nossa candidatura, para avançar não só nos polos industriais, mas também na geração de emprego. Mas chegou a hora de desenvolvimento social, de políticas públicas, melhorar a educação e a saúde pública”, enfatizou.

Sem citar quem, ele citou que um dos adversários anunciou que os programas sociais que vai implementar em Aparecida são exclusivamente os estaduais, mostrando desinteresse pelos federais e sem planos para programas municipais. “Mas esses programas estaduais já estão na cidade e precisam ser complementados porque não atingem nosso público”, reclama.

Ele citou um exemplo de situações de quando era secretário de Habitação. Conforme disse, havia uma série de demandas judiciais do Juizado da Infância e Juventude, e Juizado de Atenção ao Idoso para atender urgentemente pessoas em áreas de risco.

“É como acontece com um grupo de 37 famílias no Setor Tocantins. Existe demanda de quatro anos em que a juíza pede aluguel social para essas famílias para evitar uma tragédia iminente. Mas não é só lá porque são 14 pontos de áreas de risco com famílias morando em vulnerabilidade e não temos instrumento para atender essas famílias, como é o caso do aluguel social”, alerta.

“Os outros candidatos são mais do mesmo”, critica Panda

Wilian Panda prosseguiu criticando os demais candidatos a prefeito. “Percebo que as duas outras candidaturas são mais do mesmo”.

Ao falar das propostas, enfatizou a necessidade de ampliar o número de escolas de tempo integral (de 100 escolas da cidade, três são integrais e duas vão oferecer a modalidade). Ainda defendeu universalizar o ensino infantil. “Não tivemos novos Cmeis construídos desde as que a presidenta Dilma saiu”, acrescentou.

O candidato citou o impeachment de Dilma que levou Michel Temer à Presidência, chamando o processo de “um golpe” que prejudicou a cidade ao paralisar obras. “Havia 11 Cmeis em fase de licitação e foram cancelados. Fomos à Justiça Federal contra isso, mas nem no governo Temer, nem no de Bolsonaro, isso reverteu. Agora é que o presidente Lula retomou e temos cinco Cmeis em licitação”, observa.

Por outro lado, ele analisa que as cidades dependem muito dos recursos federais e estaduais pela divisão do bolo de impostos, “mas elas não podem fazer como a nossa fez que foi transferir toda a responsabilidade para a União”. Ele se referia à falta de programas sociais municipais em Aparecida.

Ao destacar suas propostas para Aparecida, Panda disse que “qualidade de vida é uma prioridade. Precisamos de uma cidade cada vez melhor para se viver, mas não só no discurso”.

Segundo ele, o município precisa manter a boa oferta de emprego existente, “mas precisa qualificar essas pessoas e continuar impulsionando para gerar mais empregos”. Willian Panda disse que defende uma política de geração de emprego ao mesmo tempo em que qualidade de vida, com educação pública de qualidade. “E isso não existe se uma mãe precisa trabalhar e não tem um Cmei para deixar o filho, então ela precisa de um programa social para sobreviver. Então é prioridade resolver os problemas de educação no município e eu conheço todos eles. Fui presidente da Comissão de Educação variadas vezes”, acrescenta.

Ao falar sobre a saúde, ele disse que sua prioridade é resolver deficiências no Programa de Saúde da Família, “que está parada no tempo”. Segundo o vereador e candidato a prefeito, cerca de 30% da população de Aparecida não têm atendimento primário, como saúde da família. “Temos que construir novas unidades básicas ou alugar prédios, além de fazer concursos e garantir a rede de emergência. Hoje as três UPAS da cidade atendem até cerca de 900 mil pessoas, ficam lotadas por falta de mais UBSs. Existem filas gigantes para cirurgias eletivas. Hoje tem o Hmap que foi iniciado com R$ 60 milhões do Governo Dilma.

O vereador reclama do fato de, segundo ele, “Aparecida não ter um programa social municipal sequer, sendo do tamanho que é”. E ele prossegue: “Não tem programa de transferência de renda. Apenas uma isenção de IPTU para idosos e quem mora em imóveis de até 70 metros quadrados. Mas nenhum é para mães em vulnerabilidade, programa de moradia municipal de moradia, quando temos 4,5 mil famílias morando em barracas de lona em uma cidade tão rica, com um orçamento de R$ 3,3 bilhões, como pode ter gente tão pobre? Para isso temos que gastar do orçamento municipal. Menos de 1% foi gasto com habitação nos últimos 30 anos, quando Norberto Teixeira era prefeito, em 1992, no setor Independência Mansões”, pontuou.

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Marília Assunção

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. Também formada em História pela Universidade Católica de Goiás e pós-graduada em Regulação Econômica de Mercados pela Universidade de Brasília. Repórter de diferentes áreas para os jornais O Popular e Estadão (correspondente). Prêmios de jornalismo: duas edições do Crea/GO, Embratel e Esso em categoria nacional.