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Categorias: Brasil
| Em 6 anos atrás

Sobreviventes se esconderam na despensa da escola durante tiroteio

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A estudante Quelly Mileny, 16 anos, sobreviveu aos atiradores da Escola Estadual Prof. Raul Brasil, em Suzano, escondendo-se com outros colegas na despensa do colégio. “A gente estava indo merendar no refeitório, quando ouviu os tiros. No segundo tiro, a gente saiu correndo, e o lugar mais perto era a cozinha. Da cozinha, as tias nos colocaram no armazenamento de alimentos”, contou.

Quelly Mileny disse que havia pelo menos 30 alunos no local e que ficaram escondidos por cerca de 15 minutos. “Tinha gente até embaixo da mesa”, disse à Agência Brasil.

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Segundo a estudante, o grupo ligou para a polícia e para os pais, tentando avisar o que estava acontecendo na escola. “Ficamos ali esperando até que a porta foi aberta. A gente achou que eram os atiradores, mas era a polícia”, relatou.

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Policiais na escola Raul Brasil após o tiroteio em Suzano em São Paulo – REUTERS/Amanda Perobelli / Direi

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Ao lado da mãe, Quelly disse estar assustada, mas também aliviada. “Foi só Deus. Dali, eu nem via muita saída. Pensava: ‘Daqui a pouco eles vão entrar aqui porque sabem que tá todo mundo aqui’. Comecei a orar, pedir a Deus e foi só Ele para poder me livrar dali”, lembrou.

Aluna do 2º ano Ensino Médio, Quelly aguardava na porta da escola, no início desta tarde, por notícias de colegas que poderiam ter sido atingidos pelos tiros. “Eu tenho um amigo bem próximo que estava na entrada da secretaria. Estou muito preocupada porque dali não tinha muito como ele correr”, disse.

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Os dois atiradores chegaram à escola por volta das 9h30 da manhã de hoje, durante o intervalo de aulas, e atiraram contra funcionários e estudantes. Dez pessoas, incluindo os atiradores, morreram no atentado.

(Com informações da Agência Brasil)

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.