Os deputados da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) irão votar nesta terça-feira (22/11) a matéria definitiva que poderá aprovar os projetos que criam uma contribuição de até 1,65% para parte do agronegócio por quatro anos e o Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra).
Os parlamentares têm sofrido forte pressão do setor agropecuário que resistem a aprovação do projeto. Produtores rurais chegaram a conversar com o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) para tentar negociar alíquotas e diminuir o percentual da contribuição. Caiado, no entanto, não deverá recuar, nem ceder às solicitações.
Como as emendas não podem mais ser apresentadas entre as duas votações, não há como as matérias passarem pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e, por isso, a oposição fica com opções limitadas de manobras.
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Na semana passada, ambos os projetos foram aprovados em primeira votação com 22 votos favoráveis e 16 contrários. A segunda é a última fase antes de irem à sanção do governador, que desmarcou viagem à Europa para liderar as articulações.
Na sessão ordinária, que será realizada de forma 100% presencial, os parlamentares podem pedir questão de ordem e subir à tribuna para discutir os projetos e encaminhar voto com o objetivo de prolongar a votação e, assim, aumentar a pressão dos produtores rurais, que, mais uma vez, devem lotar as galerias, em cima dos deputados estaduais da base governista.
Na primeira votação, houve duas viradas de voto na última hora: Alysson Lima (PSB) e Chico KGL (União Brasil). Se o número de presentes permanecer em 38, os oposicionistas precisam virar quatro votos. Porém, dependendo do cenário, esse número pode chegar a dois.
Para garantir os votos governistas e a aprovação, o deputado estadual Thiago Albernaz (MDB) que tinha viagem marcada decidiu adiá-la. Henrique Arantes, parlamentar ausente na primeira votação, também deve estar presente para somar votos e aprovar o texto.
Com o ‘reforço’, Caiado não deverá ter dificuldades em sancionar o projeto que deverá ser aprovado, mesmo sob forte pressão do setor rural.