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Categorias: Brasil
| Em 7 anos atrás

Só 6% dos cursos avaliados obtêm desempenho máximo no Enade de 2016

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Apenas 6% dos cursos avaliados pelo Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) de 2016 obtiveram nota máxima. O exame, que mede o desempenho de estudantes que estão concluindo a graduação, avaliou as áreas de saúde, segurança, ambiente e ciências agrárias.

Os cursos são avaliados numa faixa de um a cinco -esses dados não são usados para medidas regulatórias- e medem apenas o desempenho de estudantes das instituições, sendo usados para a composição de outros indicadores, como o CPC (Conceito Preliminar de Curso). Estes sim podem ser utilizados como medição da qualidade do curso para a aplicação de sanções do MEC (Ministério da Educação).

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Em 2015, mais de 10% dos cursos superiores avaliados tiveram notas insatisfatórias.

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No ano passado, foram avaliados os cursos de medicina, biomedicina, agronomia, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social, medicina veterinária, zootecnia e cursos técnicos de estética e cosmetologia, agronegócio, gestão ambiental, gestão hospitalar e radiologia.

Destes, 40% ficaram com conceito mediano (ou três, na escala utilizada pelo Inep), e 27% com conceitos abaixo da média (um e dois). Além disso, 25% dos estudantes avaliados tiveram desempenho superior à média, com nota quatro, e apenas 6% obtiveram o maior conceito.

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Segundo a diretora de avaliação da educação superior do Inep, Mariângela Abrão, porém, os dados não permitem dizer que as instituições com notas abaixo da média são ruins. “Isso é uma avaliação comparativa. Significa que entre os cursos avaliados, os estudantes tiveram desempenho pior do que as outras.”

A presidente do Inep, porém, afirmou durante a apresentação, que, enquanto a expectativa estatística é de que a maior parte dos cursos se concentre no conceito mediano -como ocorreu- o “ideal pedagógico” seria que a maior parte ficasse com os conceitos mais altos.

“Isso é um indicador de que a gente precisa de um esforço muito maior para prover educação de qualidade”, disse. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (1º), em coletiva de imprensa na sede do Inep em Brasília.

Cotas

O Enade é realizado para aferir o conhecimento de estudantes de ensino superior. Participaram do exame em 2016 195 mil estudantes, de 997 instituições de ensino superior.

Segundo os dados divulgados, 20,4% dos concluintes em graduações da área em 2016 entraram na universidade por meio de cotas.

Destes, 35,4% foram cotas por terem estudado em escolas públicas ou particulares com bolsas de estudos. Outros 30% entraram com cotas de critérios de renda. Ainda segundo o exame, 50% dos estudantes têm renda familiar de até R$ 2.600 e 51,7% se autodeclaram brancos. (Folhapress)

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