Considerada uma das epidemias do mundo pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a morte em consequência de acidentes de trânsito foi discutida na manhã desta segunda-feira (18), por integrantes das Secretarias Municipal de Saúde (SMS) e Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMT), durante o lançamento da Semana Nacional do Trânsito em Goiânia.
De acordo com dados do Programa Vida no Trânsito, existente desde 2012, o excesso de velocidade é o fator que mais contribui para a ocorrência de mortes no trânsito. Uma pesquisa realizada pelo programa, buscou conhecer o perfil das vítimas e as características dos acidentes de trânsito, a exemplo de local e hora do acidente, fatores que causaram ou contribuíram com o a gravidade do mesmo. Os resultados foram cruzados com os bancos de dados da Saúde, da Segurança Pública e dos órgãos de trânsito.
“Algumas vias, como a Perimetral Norte, têm causado impacto muito grande nesse número de mortes. O perfil das vítimas é o tradicional, sexo masculino, na faixa etária entre 20 e 40/50 anos, o que mostra que são pessoas em fase produtiva, trabalhadores, então isso se torna muito grave. Nós estamos perdendo uma grande força de trabalho no trânsito”, disse o superintendente de Vigilância em Saúde, Robson Azeredo.
“Lembrando que a prevenção é muito simples, ou seja, usar o cinto de segurança, não dirigir embriagado não custam nada. No entanto, as consequências são muito graves. Tanto para quem morre ou fica com uma sequela relevante, quanto para o familiar”, ressaltou o superintende.
“Algumas medidas começaram a ser tomadas para a melhoria do trânsito na capital, entre elas a recuperação da sinalização vertical e horizontal, fiscalização, melhor monitoramento do trânsito. Não se pode admitir, a partir de dados que nós divulgamos hoje, que em 2016, 226 pessoas morreram em decorrência de acidente de trânsito em Goiânia, é algo assustador. As medidas serão intensificadas, não tenho dúvidas disso”, afirmou o secretário de Trânsito, Fernando Santana durante a manhã desta segunda.
O secretário ainda disse acreditar na necessidade de campanhas permanentes, mas principalmente, na conscientização da sociedade. “O motorista ao tirar a sua carteira de habilitação, ele tem que ter conhecimento pleno das leis de trânsito e de como conduzir um carro dentro da cidade. Mas nem sempre eles obedecem as leis. É necessário que haja uma mudança de comportamento, no entanto, vale ressaltar que os que desobedecem são a minoria”.