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Categorias: Política
| Em 12 anos atrás

“Situação em Goiás é constrangedora”

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Insatisfeito com a avaliação dos deputados da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, o secretário de Segurança Pública, João Furtado Neto, afirmou ser constrangedora a situação em que o parlamentar petista, Domingos Dutra, pediu o afastamento de um comandante da Polícia Militar. O presidente da Comissão, por sua vez, respondeu ao secretário com uma nota oficial, acentuando as críticas em relação a atuação do Executivo goiano perante o crescimento da criminalidade em Goiás. “Isso sim é constrangedor”, declarou Dutra. 

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Os parlamentares estivem em Goiânia na última terça-feira, 4, para uma reunião com o governador Marconi Perillo (PSDB) e com o secretário João Furtado. O objetivo do encontro era apurar as denúncias de homicídios e desaparecimentos de pessoas atribuídos a grupos de extermínio ligados a Polícia Militara goiana.  

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Veja a nota na íntegra:

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NOTA DA CDHM

 

Tendo em vista divulgação pela Imprensa de suposta declaração do Secretário de Segurança Pública do Estado de Goiás, João Furtado Neto, que por meio de sua assessoria disse “ser constrangedora a situação de que um parlamentar petista peça, baseado em denúncias e não comprovações, a saída de um comandante do cargo que ocupa na PM goiana”, esclareço o seguinte:

 

1 – Continuo petista, com muito orgulho, porém a nossa atuação em Goiânia (GO), no dia 04.09.2012, foi de forma institucional, como Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias do Parlamento brasileiro.

 

2 – Situação constrangedora é ver oficiais de alta patente da polícia goiana denunciados, investigados e citados como integrantes de organizações criminosas, ou de participação em execução de cidadãos de bens.

 

3 – É também constrangedora o fato do governador de o Estado ter tomado conhecimento apenas pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados que o coronel Wel­lington Urzêda é suspeito do assassinato do jornalista Valério Luz, e que é o comandando da Comissão de Missões Especiais (CME) da Polícia Militar de Goiás.

 

4 – Talvez, em função do Secretário de Segurança Pública do Estado de Goiás, João Furtado Neto, confundir papéis distintos do signatário (parlamentar petista versus Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal) é que alguns policiais da PM goiana estejam sendo confundidos com bandidos.

 

5 – Por fim, informo que talvez, em função de o Secretário de Segurança Pública do Estado de Goiás, João Furtado Neto, que apesar de Deputado Federal representar um Estado, temos jurisdição em todo o País, e que direitos humanos são universais. E a nossa presença em Goiânia (GO) teve como único objetivo de contribuir para estabelecimento da paz e segurança para o povo goiano.

 

Deputado Federal Domingos Dutra

Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados

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