O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta sexta (11) que a recessão ficou para trás e que o sistema financeiro está pronto para voltar a atender a demanda por crédito e financiar a retomada da atividade econômica.
Ilan garantiu ainda que “não há novidades” com relação à política monetária, com as expectativas de inflação ao redor da meta de 4,5%, inflação em queda e perspectivas do mercado de quedas adicionais de juro.
O presidente do BC voltou a destacar a importância de reformas fiscais e creditícias para a sustentabilidade da desinflação.
Em evento do Banco Central, ele disse que as taxas de juros no Brasil caminham para ser estruturalmente menores e que a nova TLP, a nova taxa desenhada para atrelar os empréstimos do BNDES a uma taxa de mercado, é fundamental nesse processo.
“Se a gente consegue uma redução dos subsídios, teremos uma dinâmica da dívida pública menor, portanto a taxa de juro estrutural vai ser menor e vamos democratizar o juro baixo no Brasil”, disse.
Ilan ressaltou que o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), que financia o seguro-desemprego e o abono salarial, por exemplo, tem um deficit de R$ 18 bilhões por ano. Em suas contas, a criação da TLP cobriria R$ 15 bilhões disso.
Ele afirmou ainda que a TLP aproxima os empréstimos do BNDES ao custo do Tesouro que, por sua vez, fica um pouco acima da taxa Selic.
O presidente do BC qualificou como “normal”, após tantos anos de serviços prestados, a troca de dois diretores, anunciada hoje em comunicado do banco.
Os diretores Anthero de Moraes Meirelles e Luiz Edson Feltrin deixarão o banco. Maurício Costa de Moura e de Paulo Sérgio Neves de Souza, servidores de carreira do Banco Central, ocuparão os cargos de diretor de Administração e de diretor de Fiscalização, respectivamente. (Folhapress)