Educação

Sintego vê com estranheza autorização para retorno de aulas presenciais em Goiânia

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (Sintego) afirmou que vê com estranheza a autorização dada pelo prefeito Iris Rezende para o retorno das aulas presenciais em Goiânia.

Segundo a presidente da entidade, Bia de Lima, o secretário de Educação da capital, Marcelo Costa, havia indicado que as aulas presenciais não seriam retomadas em 2020. “Me surpreendeu a atitude do prefeito em autorizar. Me causa estranheza essa posição”, afirma a presidente.

De acordo com Bia, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) vinha pressionando pelo retorno às aulas, mas tanto o Sintego quanto a Secretaria Estadual de Educação se posicionaram contra a volta em 2020. “Nos posicionamos de maneira muito firme dizendo ao MP que não há ainda as condições, tanto de EPI quanto pedagógicas”, disse.

Conforme a presidente, município e estado não têm equipamentos de proteção individual (EPIs) suficientes para garantir o retorno seguro, além disso o efeito pedagógico seria praticamente nulo. “Do ponto de vista prático, não há que se falar em retorno de aulas presenciais ainda este ano. Faltando menos de um mês para terminar o ano letivo, no que esse retorno resultaria? Em nada”, assevera.

O Sintego defende que as aulas sejam retomadas apenas em 2021 e há um trabalho em conjunto com a Seduc para uma adequação ao protocolo estabelecido pela Secretaria Estadual de Saúde. “Precisamos de muita cautela. Não há que se falar em retorno de aulas presenciais em 2020. Isso está claro”, reitera.

Escolas particulares

O Sindicato dos Professores de Goiás (Sinpro), que representa os profissionais da rede privada, também já se posicionou contra o retorno às aulas em 2020.

Ao Diário de Goiás, o presidente da entidade, Railton Nascimento, afirmou que novembro deveria ser utilizado para planejar um retorno no próximo ano

“Se o COE sinaliza que há condições sanitárias, o que é questionável, o que deve haver é um planejamento para 2021”, destaca. Ele cita ainda que o mês de novembro é de finalização. “Os professores estão cansadíssimos. Não é hora de expo-los a dar aula presencial”, avalia.

Nascimento acredita que grande parte das instituições privadas não deve retornar. Das que voltarem, a maioria deve ser, estima, da educação infantil e de anos iniciais do ensino fundamental. Ele garante que o Sinpro fiscalizará o cumprimento do protocolo estabelecido pelo COE para reduzir riscos de contação.

“Mesmo que algumas instituições queiram voltar, deve se seguir com muito rigor uma série de exigências. Essa retomada é gradual, o pai não é obrigado a mandar seu filho. Aqueles que insistem em convocar professores, que sigam à risca o protocolo de biossegurança”, completa.

Rafael Tomazeti

Jornalista

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