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Categorias: Notícias do Estado
| Em 5 anos atrás

Sintego reúne lideranças para preparar a greve na educação do governo de Goiás

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Em entrevista realizada nesta sexta-feira, 13, a presidente do Sintego, Bia Lima, falou sobre a greve na educação. De acordo com ela, o Sintego buscou resolver a problemática propondo uma negociação com o governo e com a Secretaria de Educação. No entanto, as tentativas foram “infrutíferas”. A direção estadual do Sintego fará uma reunião na próxima segunda-feira, 16, para tratar da convocação e deflagração do processo de greve. 

“São lutas que nós estamos travando. Buscávamos resolver isso sem a necessidade da greve, mas diante dessa inércia do governo, não nos resta outro caminho” inteirou. 

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A data da assembleia será decidida na próxima segunda-feira, 16, em reunião com a direção ampliada do Sintego, que terá a participação das 36 regionais. A partir deste encontro, o Estado irá avaliar e decidir o dia e, também, avaliar os encaminhamentos que serão feitos. 

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O governo do Estado de Goiás afirma não ter recursos para que sejam feitos o reajuste salarial e as progressões que estão sendo reivindicadas. No entanto, de acordo com Bia Lima, o governo está querendo resolver o problema de caixa descontando nos professores.

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“Esse é um argumento falso. A Assembleia está montando o reajuste para todos os poderes. O que infelizmente está congelado é o salário dos professores, e do administrativo da educação. O governo se esconde diante da PEC do Teto, que, para nós, é a de ‘PEC da Morte’”, pontuou. 

No ano passado, o governo deixou de aplicar R$ 900 milhões na educação, que era previsto por lei. Segundo Bia Lima, o Tribunal de Contas alertou o governo de que essa quantia deve ser paga. “Se pagassem os R$ 900 milhões teríamos reajustes para três anos seguidos”, afirmou. 

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A iniciativa do governo de diminuir os percentuais da educação, de acordo com a presidente, mostra o desinteresse no desenvolvimento do setor educacional. “Enquanto isso, padecem às mínguas os profissionais da educação que, no final da carreira, depois de 30 anos, ganha menos que um policial militar que está começando agora” desabafou. Com o atual governo, mais de 3 mil contratos foram extintos. 

A Secretária da Educação vem se mostrando interessada na problemática, propondo o diálogo com os professores. Todavia, a postura é diferente quando se trata da Secretária de Economia que, segundo Bia Lima, está controlando os recursos que deveriam ser investidos na educação.

“A Secretária da Educação nos disse que iria fazer o pagamento do piso e da data base. Já estava acertado com o Sintego. Quem não deixou foi a Secretária de Economia, que quer mostrar ao governo Bolsonaro e, principalmente ao Paulo Guedes, que o governo de Goiás está fazendo o dever de casa e, por isso, não está ajustando aquilo que a lei determina”, pontuou. 

Uma das alternativas criadas pelo governo para tentar resolver o problema, foi diminuir os percentuais da educação. Que passaram de 27,8 %, para 25%. Bia Lima inteira que, a única alternativa possível para contornar a situação, é o cumprimento das leis pelo governo, respeitando os profissionais da área. 

“Na Assembleia, a grande maioria dos deputados dizem que o governo anterior não cumpriu os percentuais constitucionais. Essa atitude é uma forma de justificar que o atual governo também continua não cumprindo. O que é um contrassenso. É preciso respeitar o direito dos profissionais da educação” finalizou. 

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