O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás se reúnem no fim da tarde desta segunda-feira (21/02) com a Prefeitura de Goiânia em busca de um acordo para o reajuste do piso dos professores. Sancionado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) o percentual chega a 33.24% e tem assustado alguns prefeitos que sugerem à União arcar com os percentuais. Na pauta do encontro também o pagamento da data-base, atrasada há três anos.
Ao Diário de Goiás, a presidente do Sintego Bia de Lima pontuou que Goiânia sempre teve como característica o pagamento dos reajustes em sua integralidade. “Esperamos que o prefeito Rogério Cruz possa continuar honrando com o piso e a carreira como a Prefeitura sempre o fez”, ressaltou.
Na última sexta-feira (18/02) o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) chegou a se manifestar dizendo que “todas as prefeituras” estavam em dificuldade de cumprir com o novo percentual estabelecido pelo governo federal. Bia, no entanto, garante que vai atrás de sua integralidade.
“O que nós estamos dizendo ao prefeito é que nós queremos resolver todo esse problema com diálogo, mas se no diálogo não avançar não restará outro caminho para que a categoria não seja acionada a estar pronta a reivindicar os direitos estando o Sintego a frente”, finaliza Bia de Lima.
Prefeitos alegam insegurança jurídica e falta de recursos financeiros
Alegando inseguranças jurídicas e falta de recursos financeiros para que os municípios possam bancar o reajuste de 33,32% do piso salarial para os professores, a Federação Goiana dos Municípios propôs na última sexta-feira (18/02) que o Governo Federal pague o novo valor para todos os professores da Educação Básica Pública no Brasil.
O texto da proposta foi publicado nesta sexta-feira e a FGM sugere que um projeto de Lei ou Medida Provisória embasada no texto 155/2013 de autoria do ex-senador Cristovam Buarque seja apreciado pelos parlamentares. Apesar do projeto de Buarque ter sido arquivado, a federação endossa o texto.
“Em suma, o pleito é para que o Piso seria não apenas Nacional, mas Federal. Em contrapartida o Governo Federal reteria 70% dos recursos municipais destinados ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e deixando o restante, 30%, para a custeio da educação nos entes locais”, destaca o texto.