Ricardo Manzi, presidente do Sindsaúde. (Foto:: Divulgação/Sindsaúde)
A sobrecarga na saúde de Goiânia está a olhos vistos. Postos de saúde estão cheios de pessoas com sintomas gripais, causados pelas epidemias de covid-19, dengue e gripe. Não bastasse a alta demanda, a cidade também sofre com a escassez de profissionais.
O Sindicato dos Servidores da Saúde de Goiás (Sindsaúde) tem feito visitas a unidades públicas de saúde para verificar as condições de trabalho e, segundo o presidente Ricardo Manzi, encontra profissionais exaustos e equipes enxutas.
“Há déficit de profissionais. Visitamos ontem o Cais da Chácara do Governador. Havia oito técnicos de enfermagem na escala, mas só dois estavam lá de fato. Isso atrapalha a triagem para assegurar o fluxo adequado para atendimento à população”, disse à Rádio Bandeirantes Goiânia.
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Manzi relatou que já há muito o sindicato cobra a realização de concurso público para reforçar o estafe da saúde. “É algo grave. É uma tragédia anunciada. Já havíamos questionado a SMS sobre a necessidade de realizar concurso público. Desde 2012 estamos sem concurso público. E esperaram o último minuto do segundo tempo para renovar os contratos temporários. Falta da mesa permanente de negociação para que os trabalhadores possam dialogar com a gestão”, reclamou o presidente.
Além de solucionar a falta de profissionais, hoje em 8 mil, o Sindsaúde defende o concurso para capacitação dos trabalhadores. “Tem que ter processo de contratação para ter quantitativo para atender a população. Fazer contrato por tempo determinado e emergenciais não resolve o problema. Precisamos de concurso público para essas pessoas serem treinadas e capacitadas.”
Durantes as visitas, inclusive ao Almoxarifado Central, o Sindsaúde também registrou que havia falta de 48% da relação de medicamentos necessários no município. A entidade diz que, a partir de segunda-feira (10), vai intensificar visitas para cobrir todos os Cais, Ciams e UPAs de Goiânia.