Em meio aos constantes aumentos no preço dos combustíveis, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade, diz que há reajustes que são repassados sem serem anunciados pelas distribuidoras de forma abrupta.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia, nesta terça-feira (26), Márcio explica que o aumento de 7% anunciado nesta segunda-feira (25) pela Petrobras ainda não foi repassado pelos postos aos consumidores. O que ocorreu — explica ele — é que a mudança no preço dos combustíveis em alguns estabelecimentos, ontem, deu-se em razão dos reajustes das distribuidoras.

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“Ficou parecendo que os postos se anteciparam ao aumento anunciado pela Petrobras ontem, de fato há muitos aumentos que não são anunciados para o consumidor. Várias distribuidoras, ao longo das últimas semanas, com mais ênfase na semana passada, muitas distribuidoras amanheceram com os preços mais altos, nós tivemos aumentos no diesel, na semana de 19 a 25 de outubro, de mais de R$ 0,20, no diesel, que não foi anunciado por ninguém. Simplesmente as distribuidoras passam abruptamente sem avisar aos postos. Então os aumentos que foram sentidos ontem ainda não foram a antecipação do reajuste da Petrobras”, pontua Márcio.

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Isso significa que o consumidor poderá pagar pelo litro da gasolina, por exemplo, mais caro nas próximas horas. Nesta terça-feira já é possível encontrar gasolina a um custo de R$ 7, 28. Mas ainda sem o reajuste da Petrobras, o que pode acontecer e levar o preço para próximo de R$ 8.

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Questionado sobre o porquê há esses frequentes aumentos nos combustíveis, o presidente explicou que o fator principal é o preço do dólar, ou seja, a desvalorização do real ante a moeda estadunidense.

“São vários fatores, mas o que eu coloco como preponderante é a questão da cotação do dólar. O dólar desvalorizou muito o real e isso tem causado um impacto maior pra nós consumidores brasileiros”, diz.

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Sobre redução nos preços dos combustíveis, Márcio Andrade faz um prognóstico pessimista e diz que a tendência é desfavorável aos consumidores.

“Analisando o cenário, e e não acredito numa mudança brusca, acredito que vamos manter essa situação de elevação de preço se não houver nenhuma variação na cotação do barril do petróleo e também no câmbio”, completa.

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