Os candidatos à presidência da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio – GO), o atual vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas – GO), José Carlos Palma, e o vice-presidente do Sindicato dos Condomínios e Imobiliárias (Secovi – GO), Marcelo Baiocchi, destacaram a necessidade de trabalhar pela recuperação financeira dos sindicatos filiados à Federação.
A Fecomércio, que representa o empresariado goiano, reúne 29 sindicatos de comércio, serviços e turismo. É também responsável pela administração do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A eleição que vai definir quem será o presidente da entidade entre 2018 e 2022 está marcada para o dia 11 de maio.
Devido à Reforma Trabalhista aprovada em julho do ano passado, que desobrigou as empresas e empresários a pagarem imposto sindical, os sindicatos passam por um momento difícil financeiramente. Os sindicatos são a ponte que liga os empresário à Fecomércio e atendem as necessidades mais específicas dos empreendedores.
Para essa recuperação, Marcelo Baiocchi defende o maior investimento dos sindicatos em serviços, para que assim os empresários sejam atraídos. Assessoria jurídica, tributária e em relações humanas, além de serviços sociais, como os na área de saúde, vão valorizar o papel dos sindicatos, defendeu Baiocchi ao Diário de Goiás.
“As propostas nossas têm por objetivo apoiar, fortalecer e citar sustentabilidade para o sistema sindical em Goiás. Tem que mudar um pouco o foco e investir mais em serviços”, afirmou.
Enquanto isso, os sindicatos apertados poderão pegar emprestados recursos da Fecomércio, por meio da criação do Fundo de Amparo aos Sindicatos. Outra proposta de Marcelo é a criação da Sede Central dos Sindicatos, um local onde serão compartilhados a secretaria, a telefonia, os profissionais do administrativo e as assessorias jurídica e de comunicação, a fim de reduzir os gastos.
Já José Palma propõe a elaboração de um plano de recuperação financeira de sindicatos, com uma orientação específica para cada sindicato. “Nós temos outras contribuições sem ser contribuição sindical, nós temos contribuição associativa. Temos como prestar esse serviço mais rápido e esse serviço vira dinheiro de acordo com a aproximação que cada um tem com o seu setor. E os [sindicatos] que não são viáveis, talvez eles tenham que se juntar com outros sindicatos”, avaliou ao Diário de Goiás.
José Palma afirmou que sempre foi contra o imposto sindical compulsório. “A minha maneira de enxergar representatividade não pode ser obrigatória”, opinou. O presidente do Sindilojas também citou sua experiência como exemplo a ser seguido caso seja presidente da Fecomércio.
“Durante esses oito anos a gente vem conseguindo aumentar a arrecadação. Isso a gente vai levar pra Federação e vai ajudar os outros sindicatos a implantarem também essa comunicação com os associados, para que eles enxerguem o motivo que compensa pagar o sindicato”, afirmou.
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