O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro-GO) ainda não considera prudente o retorno às aulas presenciais em Goiânia e por isso, entrou nesta sexta-feira (13/11) com recurso contra a prefeitura da cidade para tentar barrar o decreto publicado na última quarta-feira (11/11) que dava contornos para autorizar a retomada presencial das escolas públicas e particulares.
O Sindicato alega que os riscos de um retorno às aulas ‘não se limitam aos agentes envolvidos na educação publica e privada do município’, mas significam uma ameaça ao direto à vida, física, mental e ao bem estar de forma direta ou indireta, ‘de toda a sociedade goiana’. “Os consideráveis riscos decorrentes do ato coator praticado pelo impetrado não se limitam aos agentes envolvidos na educação publica e privada do município, representando grave ameaça ao direito à vida e à incolumidade física, mental e ao bem-estar dos professores, alunos, seus familiares e, de forma direta ou indireta, toda a sociedade goiana, dado o alto poder de contaminação da COVID-19, que ainda carece de medidas preventivas indispensáveis à contenção de sua disseminação”, diz um trecho do documento.
Railton reitera que tanto pais como alunos não sentem-se confortáveis com a retomada às aulas. “Quando ouvimos pais e estudantes, que nós estamos em diálogo o tempo todo, não se sentem seguros pela volta. Recentemente, houve uma grande manifestação de estudantes e professores da PUC quando aquela instituição anunciou a volta as aulas.”
Ele lembrou que o fim do semestre está aí e todas as atividades acadêmicas estão sendo realizadas à distância. “Muito se pergunta agora no apagar das luzes quando na verdade os estudantes estão fazendo suas avaliações finais. Portanto, além dessa precipitação dessa volta num final do ano, a pandemia apresenta riscos sim”, pontuou.
Outra entidade que defende a classe, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado de Goiás (Sintego) já havia se posicionado anteriormente. Em entrevista ao Diário de Goiás, Bia de Lima recebeu a informação com ‘estranheza’. “Me surpreendeu a atitude do prefeito em autorizar. Me causa estranheza essa posição”. Ela revelou à reportagem do DG que havia conversado com o secretário de Educação do município, Marcelo Costa e ele pontuou que a retomada presencial das aulas só aconteceria em 2021.