Representantes de sindicatos do setor de segurança pública invadiram o Congresso Nacional nesta terça-feira (18) em protesto contra a reforma da Previdência. Vidros da chapelaria, principal entrada do Congresso, foram quebrados.
O protesto começou na Esplanada dos Ministérios, onde foram colocados cruzes e caixões, que foram queimados.
Depois, um grupo desceu para o Congresso e invadiu o local. Eles foram contidos pela Polícia Legislativa, que usou gás de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo. Não há informações sobre feridos.
Parte do grupo também subiu pela rampa do Congresso que dá acesso ao Salão Negro, espaço normalmente usado em eventos.
Durante a invasão, cinco manifestantes foram detidos. Os representantes da categoria deixaram o local após a liberação dessas pessoas, mas continuaram no gramado em frente ao Congresso.
A Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) informou estar contra a reforma da Previdência como um todo, não apenas os itens que afetam a categoria. “A federação e outras entidades de segurança pública, reunidas na União dos Policiais do Brasil, estão neste momento em frente lá Congresso Nacional em ato contra a PEC 287”, disse a federação.
Policiais e a chamada bancada da bala da Câmara têm reunião marcada na tarde desta terça-feira com o relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), e lideranças do governo Michel Temer. O encontro acontece na Câmara dos Deputados.
Na manhã desta terça, o relator informou que vai sugerir uma idade mínima de 60 anos para os policiais, que hoje não têm um piso de idade para aposentadoria. Apesar de essa idade ser inferior à regra geral proposta (65 anos para homens e 62 para mulheres), entidades que representam os policiais reclamam da possibilidade de colocar um piso de idade. Eles argumentam que a categoria deveria ter apenas tempo de contribuição como exigência.
Antes do encontro com os representantes dos policiais, o relator não demonstrava intenção de mexer na idade mínima -considerada uma opção ruim pela equipe técnica-, mas reconhecia que poderia colocar a integralidade para a categoria.
Atualmente, policiais podem se aposentar com 30 anos de contribuição (homens) ou 25 anos (mulheres) e conseguem se aposentar com integralidade -ou seja, manter o salário da ativa.
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), ligou para o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e pediu ajuda na segurança para conter os manifestantes.
É prerrogativa da PM auxiliar na segurança da parte externa do Congresso. Nesta terça, porém, não houve ajuda.
“Lamento esse tumulto que aconteceu e que a Polícia Militar não esteja aqui para evitar qualquer tipo de confronto. Foram as Polícias do Senado e da Câmara, lamentavelmente, que tiveram que fazer algum tipo de reação, quando poderia ter sido evitado inclusive esse confronto aqui dentro dessa Casa”, afirmou Eunício. (Folhapress)
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