Prováveis operadores da disputa pelo governo paulista em 2014, os presidentes estaduais do PT, PSDB e PMDB prometem não usar na campanha os casos do mensalão e as investigações sobre o cartel no metrô paulista em gestões tucanas. “O PSDB tem o calcanhar de aquiles deles e nós temos o nosso”, afirma Emidio de Souza, presidente do PT paulista.
Apesar de reconhecer o potencial de estrago que o episódio pode causar no adversário, o dirigente descarta a hipótese de promover uma guerra negativa. “O caso do cartel pode prejudicar o PSDB assim como a ação penal 470 (mensalão) pode nos prejudicar. As denúncias são problema de polícia. A campanha do (Alexandre) Padilha (ministro da Saúde e provável candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes) não será para denunciar ninguém”.
Presidente do PSDB paulista, o deputado federal Duarte Nogueira se mostra cético em relação à promessa do rival. “Esse caso (cartel dos trens) será usado por nossos adversários. Ele foi criado por eles com o aparelhamento do Estado e o apoio do Ministério da Justiça e do Cade. O PSDB e o governo paulista são vítimas de um eventual cartel”, diz.
Questionado sobre a possibilidade de transformar o caso do mensalão em programa publicitário, o dirigente tucano é enfático. “O caso do mensalão foi o maior escândalo de corrupção que o Brasil, mas o PSDB não o está usando como bandeira política para caricaturar adversários, como nossos eles fazem. Não usaremos o mensalão como instrumento a nosso favor”.
Anunciado em outubro pelo PMDB como candidato da legenda ao governo paulista, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que apareceu em terceiro lugar nas últimas pesquisas, também pretende atuar ao largo dos “calcanhares de aquiles” de petistas e tucanos para se firmar como opção eleitoral. “O PMDB vai fazer uma campanha propositiva. Essas não serão nossas prioridades”, garante o deputado estadual Baleia Rossi, presidente da sigla em São Paulo.
(As informações são da Agência Estado)