O levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado hoje (14), aponta crescimento no setor de serviços de 0,7%, de julho para agosto de 2022. Trata-se da quarta alta consecutiva, com crescimento de 1,3% no mês anterior. O setor de serviços é o que mais gera empregos e participação no PIB brasileiro.
No período analisado, as atividades que mais se destacaram foram as outros serviços, serviços prestados às famílias e atividades turísticas. Com evidência para outros serviços, que atingiu 6,7%, ante a queda de 5% no volume, no mês anterior, principalmente nas atividades de informação e comunicação, que tiveram aumento de 0,6%, elevando os índices da categoria.
O analista da pesquisa do IBGE, Luiz Almeida, analisou o crescimento após a queda dos meses passados. “Esse resultado positivo vem após uma queda, o que não é incomum especialmente no setor de serviços financeiros auxiliares, que teve maior influência sobre esse avanço e também sobre a retração do mês anterior”, ressaltou.
Crescimento
O setor mais afetado pela pandemia, o de serviços prestados às famílias, apresentou crescimento de 1%, estando no sexto mês de avanço consecutivo. Apesar disso, o setor ainda está 4,8% abaixo do patamar de antes da pandemia.
Luiz Almeida explica as alterações nos serviços prestados às famílias de antes da pandemia para cá. “Com o retorno das atividades presenciais, a queda das restrições e a diminuição do desemprego, ele vem reduzindo as perdas, mas ainda não chegou ao nível de fevereiro de 2020. Durante a pandemia, o setor chegou a ficar cerca de 67% abaixo do seu patamar recorde, atingido em maio de 2014”, pontua.
Outro setor que também teve aumento, continuando com o resultado positivo dos meses anteriores foi o setor de turismo. No mês de agosto, o índice de atividades turísticas subiu 1,2%. Atualmente, o setor opera 0,1% acima do patamar pré-pandemia.
Queda
Já o setor de transportes, foi contrário ao seu crescimento dos meses anteriores e recuou 0,2% em agosto. “O setor de transportes tinha um aumento acumulado de 4% entre maio e julho e está 20% acima do nível pré-pandemia e 0,2% abaixo do ponto mais alto da série, que foi justamente no mês anterior. Essa leve queda parece mais uma acomodação do setor”, reiterou Luiz.
Desempenho Geral
Com este desempenho, o setor de serviços opera 10,1% acima do nível pré-pandemia, em fevereiro de 2020. Os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) mostram que o resultado ficou 0,9% abaixo do maior patamar da série histórica, registrado em novembro de 2014.
Na comparação com agosto do ano passado, o volume do setor de serviços registrou alta de 8%, sendo a décima oitava taxa positiva seguida desse indicador, na série sem ajuste sazonal. O acumulado do ano chegou a 8,4% e o acumulado nos últimos doze meses passou de 9,6% em julho.
(Com informações da Agência Brasil)