Os parlamentares da Comissão Mista da Câmara dos Vereadores de Goiânia irão avaliar na manhã desta quarta-feira (22/12) em sessão extra, se o projeto que aumenta de 35 para 39 irá avançar para votação definitiva em Plenário. O Diário de Goiás apurou que a tendência é que o texto tenha votos suficientes para ser aprovado na próxima quinta-feira (23/12), em outra nova sessão suplementar. 

Presidente da Comissão, Cabo Senna (Patriota) fez a convocação na tarde desta terça-feira (21/12). Na pauta, além do projeto que aumenta o número de vereadores, devem ser votadas outras três matérias. Para que a proposta siga em frente, são necessárias 12 assinaturas, pelo menos. A Diretoria Legislativa da Câmara, porém, contou número superior a isso, o que não implica no arquivamento da proposta. De todo modo, pelas regras da Casa, o texto de Clécio Alves (MDB) poderia receber mais assinaturas, uma vez que não iniciou a tramitação.

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Na abertura dos trabalhos da Câmara, nesta terça-feira (21/12), o vereador Clécio Alves usou o tempo da mesa diretora para desferir críticas ao Jornal O Popular, que havia repercutido o texto em edições anteriores. “É uma vergonha colocar que o projeto que aumenta quatro cadeiras é um projeto do vereador Clécio Alves. Falácia, mentira. Falta de vergonha na cara do Jornal O Popular e dos jornalistas que fizeram essa palhaçada. Eu tenho que me preocupar em ter mais quatro cadeiras na Câmara porque eu só ganho no rabo da fila. Toda eleição eu só ganho no rabo da fila, senão não ganho eleição. Eu tenho que me preocupar mesmo. Eu não tenho nada contra o meu projeto. Ele não é de minha autoria embora, deixo claro, eu não tenho nada contra, de forma alguma”, destacou em tom irônico já que foi o quinto mais votado no último pleito. “Que seja retificado na ata, esse projeto não é de minha autoria. Nem minha assinatura tem esse projeto”, pontuou. 

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“Já está corrigido. Projeto de grupos de vereadores”, interviu o vereador Anselmo Pereira (PMDB). “O projeto não é de vossa excelência. É de grupos de vereadores. Está dentro dos principios legais. Não há anomalia nele. Pode ser que o projeto não seja benefíco para agora mas o projeto está dentro da norma da lei e jamais seria ilegal”, defendeu o emedebista.

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Por meio de nota enviada ao Diário de Goiás, o parlamentar alegou que pelo crescimento demográfico, Goiânia pode ampliar as cadeiras na Câmara. “É direito da cidade ter estas vagas. São Paulo, por exemplo, tem 55 vagas e quando fui eleito a vereador, em 2000, em Goiânia, eram 33 vagas. Após 20 anos que estas vagas poderão ser criadas e isso se for aprovado. Ou seja, aumentariam mais quatro vagas, que é direito de Goiânia ter desde 2020”, disse Clécio Alves.

Atualmente, segundo o Portal da Transparência, cada parlamentar municipal recebe R$ 15.634,64 mensais. Portanto, somente em salários de vereadores, a Câmara teria que pagar cerca de R$ 800 mil a mais anualmente, sem contar verbas de gabinete e demais benefícios que acompanham o mandato. Porém, mesmo com mais cadeiras, não haveria custo extra, de acordo com Clécio. “Não vai aumentar nenhum centavo de gasto, caso seja aprovado. Isso porque será pago com o mesmo duodécimo que eles pagam os 35 vereadores”, argumentou.

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