Os servidores da saúde, vinculados à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, decidiram manter a paralisação em assembleia geral realizada nesta sexta-feira (24). No entanto, a categoria irá atender a determinação da Justiça de que 90% do quadro de servidores volte a trabalhar das unidades de saúde.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde), Flaviana Alves, antes a adesão à greve era de aproximadamente dez mil servidores. Agora, cerca de mil pessoas ainda manterão a paralisação para garantir que a Prefeitura de Goiânia atenda às reinvindicações.
“A greve continua porque nenhum dos itens reivindicados pelos servidores foi atendido. Em todas as reuniões, a prefeitura nunca apresentou uma proposta concreta que atendesse toda a pauta do movimento. Por isso permaneceremos mobilizados”, explica a presidente.
Para Flaviana, a decisão da Justiça é “absurda e viola o direito à greve”, além do fato de que reforça a “falta de comprometimento dos gestores com a saúde pública”. “Permitir que as unidades de saúde continuem precárias com estão é continuar expondo trabalhadores e população a grandes riscos”.
Ainda sobre a determinação, a presidente informa que entrará com um agravo para pedir a suspensão da liminar. Até exista outra determinação, os servidores vão cumprir um cronograma de atividades que mantenha o movimento ativo, mas respeitando os 90%.
Será realizada outra assembleia na próxima terça-feira (28), às 8h30, no auditório Jaime Câmara, localizado na Câmara Municipal de Goiânia.