Esta terça-feira (14) não foi decisiva apenas para os agentes de saúde e combate a endemias. Os administrativos da Rede Municipal de Educação de Goiânia também conseguiram chegar em um acordo com a Prefeitura. Ontem (13), uma audiência de conciliação entre a Prefeitura de Goiânia e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) foi realizada com a mediação do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). A conversa gerou boas propostas que foram aceitas pela categoria e as aulas retornam a sua normalidade na quinta-feira (16).
Em entrevista ao Diário de Goiás, a presidente da Sintego, Bia de Lima, celebrou o avanço da categoria e afirma o ideal era de que o auxílio-locomoção se equiparasse com os dos professores, mas que os 70% de reajuste garantido pela Prefeitura já é um avanço. “O esforço ainda continua, mas logicamente a gente parabeniza a categoria pelo trabalho, pela coragem e principalmente pela compreensão do momento em que nós estamos vivendo”, afirma Bia.
Ela também afirma que a Prefeitura firmou um compromisso e mediante o cumprimento a greve não irá retornar. “Nós suspendemos a greve e no decorrer das negociações nós vamos chamar outras assembleias, mas não tem uma previsão de volta da greve, tem uma previsão de resolver o problema. Lógico que se não avançarmos no plano de carreira, a categoria no início do ano letivo, vai discutir a possibilidade de não iniciar o ano letivo. Isso somente caso a prefeitura não cumpra com aquilo que foi negociado”, finalizou.
“Já iniciamos o estudo de viabilidade e impacto a respeito do plano de cargos da categoria. A atual gestão tem um histórico de garantia de direitos para os servidores, e com a educação não é diferente”, garantiu o secretário municipal de Educação, Rodrigo Caldas.
O gestor também destaca que a proposta foi construída com responsabilidade fiscal. “Na atual administração, os administrativos foram beneficiados com a criação do auxílio locomoção de R$ 300 e com o pagamento de três datas-bases que estavam em atraso. Agora, mesmo com a queda de repasses, vamos garantir o pagamento de mais um data-base, reajustar o auxílio locomoção e garantir benefícios a quem contribui tanto com o trabalho desenvolvidos nas unidades de ensino”, acrescenta Caldas.
O Diário de Goiás teve acesso termo de audiência, e nele está previsto uma série de prazos para o cumprimento das solicitações. Confira:
Em relação a Data Base, houve consenso entre as partes de que a proposta feita pela Prefeitura atende as necessidades da categoria. Em relação ao auxílio locomoção, de igual modo, o reajuste será implementado a partir do dia 16 de novembro, cujo o valor agora passa a ser de R$ 500. O pagamento do proporcional de novembro será pago juntamente com o salário de dezembro.
Com relação ao plano de cargos, carreiras e vencimentos, as partes de comprometeram a iniciar as discussões a partir do dia 22 de novembro. Vale ressaltar, que ainda tem uma audiência com o prefeito no dia 12 de dezembro, conforme o mesmo havia sinalizado durante um mutirão. Já no dia 13 de dezembro serão divulgados os resultados em uma nova audiência com o desembargador Fernando Braga Viggiano.
Em greve desde setembro, os administrativos da educação solicitavam o reajuste de 6% no pagamento da data-base de 2023, um novo plano de carreira e a equiparação no auxílio locomoção, que hoje é de R$ 300 e os profissionais pediam que seja de R$ 600, o mesmo valor para professores. Porém, a atualização para R$ 500 já atende a categoria e as escolas e CMEIs retomam com seus horários e funções normais a partir do dia 16 de novembro.