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Serra recebeu R$ 4,6 mi referentes a obras do metrô, afirma delator

Diretor de contrato das obras de extensão da linha 2-Verde do metrô de São Paulo, o ex-executivo da Odebrecht Fabio Gandolfo relatou em sua delação premiada o pagamento de R$ 4,6 milhões ao senador José Serra (PSDB-SP) em 2004. O montante se refere ao lote dois da obra.

Naquele ano, o tucano foi eleito prefeito da capital paulista.

O valor fazia parte de um acordo firmado com a Odebrecht em que a empresa se comprometeu a repassar 3% do valor do contrato da linha 2 ao codinome ‘Careca’ para gastos em futuras campanhas políticas”, disse o delator.

“Uma vez o Romildo [Romildo José dos Santos, então funcionário da Odebrecht em São Paulo], quando começou o contrato da linha 2, veio dizendo que tinha um compromisso da empresa com uma pessoa e que a gente deveria pagar 3%, mas não seriam pagamentos regulares, mensais. Seriam pedidos à medida que fossem necessários. Foi dado o codinome a essa pessoa de ‘Careca'”, contou Gandolfo.

Questionado pelos procuradores se “compromisso” era sinônimo de propina, o ex-executivo respondeu: “propina, propina”.

Galdolfo relatou que os codinomes “Vizinho” e “Santista” também se referiam ao tucano. Esclareceu que sabia que “Vizinho” se tratava de Serra porque esse codinome “ficou meio conhecido dentro da empresa nas pessoas que tinham atividade complementar, de fazer programação. O vizinho ficou meio conhecido como Serra. A gente sabia”.

“Foi me dito depois que era José Serra. Agora nunca me disseram José Serra pessoa física”, explicou.

Galdolfo, responsável por programar os repasses a Serra no lote dois da linha 2, disse que detectou pagamentos de R$ 4,6 milhões para o tucano, valor inferior aos 3% acertados em cima do contrato. Pelas contras do delator, deveria haver R$ 7,5 milhões direcionados ao tucano.

No entanto, o ex-diretor afirma que mais valores podem ter sido pagos por meio do lote três da linha 2 do metrô, obra que ele não atuou.

OUTRO LADO

Por meio de sua assessoria de imprensa, o senador José Serra disse que “não cometeu irregularidades em sua longa vida pública, que sempre foi pautada pela lisura, ética e transparência.

“A abertura do inquérito pelo Supremo Tribunal Federal servirá como oportunidade para demonstrar que as acusações e o conteúdo das delações são fantasiosos e infundados”, concluiu.

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Larissa Laudano

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