Uma campanha vergonhosa. O presidente Sérgio Rassi classificou assim a campanha esmeraldina no 1º Turno da Série B do Campeonato Brasileiro. Em 19 jogos o Verdão conseguiu apenas 7 vitórias e um aproveitamento de 40%. Dono do segundo maior orçamento da competição, atrás apenas do Internacional, a equipe goiana fechou a primeira parte do Brasileirão na 14ª colocação.
Em entrevista concedida a Rádio 730, o mandatário do Goiás comentou o afastamento dos jogadores Léo Gamalho, Helder, Paulinho, Felipe Saturnino, Murilo,
Márcio e Jean Carlos. Disse que os nomes foram definidos após uma conversa entre diretoria e comissão técnica.
Rassi ao dizer que esperava mais do elenco formado para a atual temporada, utilizou um termo para classificar os atletas do Goiás: “Filhos de Papai”.
Confira algumas declarações do presidente do Goiás Esporte Clube
“Estamos perguntando a todo instante o que está errado e com certeza alguma coisa está errada. A gestão do futebol não é tão simples como as pessoas pensam. Muito do sucesso do time em campo depende do entusiasmo e do comprometimento dos jogadores – infelizmente e eu não sei porque razão isso acontece já que damos aos atletas tudo para que eles executem seu trabalho”.
“No Goiás parece que existe aquela síndrome do filho rico, do filho de papai, que tem tudo a disposição e tira notas baixas na escola. Você dá de tudo para o garoto, paga uma excelente escola, com o melhor professor, a melhor alimentação e ainda com uma boa mesada, porém as notas são vermelhas. Esse termo já utilizei com os próprios jogadores e falei que nesse tipo de caso o pai faz três coisas: Ou ele tenta resolver na conversa, ele vai para um castigo ou em última instância ele vai para domínio público e aí eles sofrem as consequências”.
Jogadores afastados
“A criação do grupo B no Goiás como acontece em vários clubes no Brasil é porque é incompatível um treinador fazer um treinamento de qualidade com 40 atletas em campo. Temos jogadores que estouraram a idade na base, estão retornando de empréstimo e também os jogadores que estão em uma zona de conforto não
rendendo o máximo que pode dentro de campo”.
Léo Gamalho
“Ele passou por um constrangimento muito grande após o último jogo. Ele ao sair da Serrinha teve seu carro quebrado e um automóvel chegou a persegui-lo até próximo a sua casa. Estamos estudando a possibilidade de uma negociação para ele com a chegada de outro atleta. O fato dele ter tido oportunidade com o Argel Fucks é uma exemplo de que o técnico vem observando todo o elenco e talvez o desempenho dele não tenha sido o esperado nas quatro partidas que jogou. Quando conversamos com ele, o jogador diz que a bola não está chegando nele”.
Osmar Lucindo
“É uma pessoa que eu admiro e que tem uma franqueza, honestidade e um caráter que encontrei em poucas pessoas na vida. Falta a ele e eu me incluo neste grupo, nós carecemos de malicia e vivencia no futebol. Ele está dando a esse treinador tudo que é possível para realização de um grande trabalho. Se em outros momentos houve reclamação por conta de outros treinadores, pode ter certeza que agora isso não acontecerá”
Acesso
“Ainda não joguei a tolha, seguimos com chances. Se você pegar a classificação do ano passado no final do 1º Turno o Avaí conseguiu fazer uma arrancada maravilhosa e terminou em 2º lugar. O elenco não é ruim e se existir no trabalho muita seriedade, serenidade e justiça, nós teremos uma chance. Continuaremos dando todo o apoio ao grupo”.
Haile
“Ele se desgostou com muitos treinadores que passaram por aqui. Quando fomos contratar o último técnico, fizemos questão de ligar para o Haile e ele disse que não queria mais se envolver com o futebol. Disse que cuidaria das coisas jurídicas e que confiava plenamente em mim e no Osmar para seguir no futebol, mas que qualquer coisa ele estaria a disposição porém que ficar fora de agora para frente”.