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Senadores criticam operação Métis e admitem pedir varreduras

De volta ao trabalho nesta segunda-feira (24), senadores criticaram em plenário a Operação Métis, realizada no Senado na última sexta-feira (21), com o objetivo de desarticular uma suposta organização criminosa que busca atrapalhar as investigações na Lava Jato.

O senador José Medeiros (PSD-MT) foi o primeiro a discursar sobre o assunto, criticando as buscas nas dependências da Polícia Legislativa, no subsolo do Senado, e a prisão temporária de quatro agentes da organização, entre eles o diretor Pedro Ricardo Carvalho. Carvalho é o único deles que continua detido.

“É bom que a gente esclareça, para que a gente não entre em guerra de corporações, para que a gente não entre na briga de vaidades feridas”, disse Medeiros, para quem é preciso cautela para “não demonizar os servidores”.

De acordo com investigação da Polícia Federal, aparelhos de detecção de grampos em poder da Polícia Legislativa foram usados em seis imóveis ligados a dois senadores e dois ex-senadores: Fernando Collor (PTC-AL), Lobão Filho (PMDB-MA), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e José Sarney (PMDB-MA).

“Vou confessar uma coisa aqui: faço varredura constantemente no meu gabinete. Se isso for motivo de prisão, por favor, me algemem”, afirmou José Medeiros, que admitiu ter pedido uma varredura ainda não realizada.

“O Pedro, que é o chefe da polícia, que não está me ouvindo, está me devendo uma varredura no meu gabinete. Não mandei por documento, mas solicitei também uma varredura”, afirmou o senador por Mato Grosso.

Para o parlamentar, as varreduras são importantes porque ele e seus pares tratam de assuntos que “devem ser sigilosos, não porque seriam ilegais, mas por serem assuntos de interesse da Nação, assuntos que, por vezes, se fossem a público, poderiam derrubar o mercado, poderiam influenciar na Bolsa, porque são informações privilegiadas e poderiam trazer prejuízo à Nação”.

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que presidiu a esvaziada sessão desta segunda-feira, fez um aparte para também criticar o “ato que exorbitou todas as competências”, pois “o funcionário agiu a partir de uma solicitação”.

“A meu ver, foi um excesso, um abuso. Mas estamos vendo a desmoralização do Parlamento, desmoralização do Senado. Fica bonito até para o juiz autorizar uma prisão de servidores que estão ali no estrito cumprimento do seu dever funcional, como está garantido pelo Regimento Interno do Senado”, disse Lindbergh.

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Thais Dutra

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