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Categorias: Política
| Em 7 anos atrás

Senadora Lúcia Vânia (PSB) revela manobra de Caiado para tirá-la do 2º turno na eleição de 1994

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A senadora Lúcia Vânia (PSB) revelou hoje de manhã, em entrevista ao portal Diário de Goiás, um fato histórico inédito. Uma manobra do candidato a governador em 1994  pelo PFL, Ronaldo Caiado, para tirá-la do segundo. Lúcia contou que estava com a tendência de ter o apoio da esquerda – Aldo Arantes (PC do B), Pedro Wilson (PT). E o Caiado queria fazer um acordo, antes das eleições: aquele que passasse para o segundo turno, deveria apoiar ao outro, mas teria de dar uma declaração antes da abertura das urnas.

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A senadora justificou que, como a contagem de votos era manual, se desse aquela declaração, ele (Caiado) que fazia uma campanha “muito barulhenta”, todos apostavam que ia para o segundo turno, seria beneficiado. “Eu disse: não, eu não vou dar essa declaração, porque senão o meu pessoal vai desanimar e não vai fiscalizar. Aí eu não quis fazer isso”.

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Lúcia contou que o ex-governador Leonino Caiado chegou a procurar o ex-marido dela Irapuan Costa Júnior com a proposta de Lúcia aceitasse o acordo. “Quando chegou o segundo turno Caiado se achou no direito de não me apoiar”, explicou, acrescentando que o líder ruralista jamais imaginava que ela chegaria o segundo turno e foi surpreendido como resultado da votação.

Lúcia contou que um dos fatos que impediram a unidade das oposições em 1994 foi que ela tinha ligação com o social e então candidato do antigo PFL a governador, Ronaldo Caiado, “não tinha ligação com o social”. Disse que achava que seria impossível uma aliança dela com Caiado, porque “não daria liga”. Sobre a relação com Marconi Perillo, Lúcia disse que há mais de 20 anos caminha ao lado do ex-governador.

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“A minha trajetória é de estar ao lado, mas sempre mantendo a minha posição pessoal. Eu discordo, eu concordo, eu aplaudo, eu visito as obras que ele inaugura”. Lúcia Vânia afirmou que sabe distinguir o que Marconi fez de bom para Goiás daquilo que não deu certo. “Respeito ele, porque sei o quanto ele fez pelo Estado”, assinalou, acrescentando que “não é ufanista”, mas reconhece que Marconi fez um bom trabalho para Goiás, “é muito dinâmico, é trabalhador, buscou abrir o Estado pra fora, trouxe empresas importantes para Goiás, fez programas sociais muito bons, é municipalista. Então, ele tem qualidades muito importantes”.

A senadora avaliou que é necessário aguardar um pouco mais para se dizer que a eleição presidencial vai impactar no quadro sucessório local. “Eu não tenho dados para dizer que essa decisão nacional vai influenciar na decisão local”. Ela considerou “prematuro” discutir a questão da segunda vaga de senador na chapa majoritária para base aliada, que deverá ser encabeçada pelo governador José Eliton.

Na entrevista ao Diário de Goiás, a senadora afirmou que está exercendo o seu trabalho em Brasília, não pode estar em Goiás todos os dias e tem responsabilidades na capital federal como senadora da República. “Está nas minhas mãos uma das coisas mais importantes para Goiás que é a relatoria da nova taxa de juros do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), que é vida e morte para Goiás para manter as empresas, gerar empregos e renda para o nosso pessoal”, afirmou.

Lúcia assinalou que foi eleita para levar o seu mandato até o último dia e vai fazer isso. “Se o período eleitoral exigir a minha presença na eleição, eu vou fazer no período certo, faltando 45 dias para as eleições”, explicou, justificando que tem serviços prestados em todo o estado de Goiás e “todas” as pessoas lhe conhecem, já sabem o que ela fez pelo Estado. 

Também lembrou que relatou a convalidação dos incentivos fiscais, da Lei Maria da Penha, autora do projeto que permite o uso equaterapia para tratar crianças deficientes, autora da recriação da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), além de ter sido relatora do Benefício de Ação Continuada (BAC), que atende a idosos e portadores de deficiência. “Eu não preciso fazer campanha antes, porque trabalhei os oito anos do meu mandato”, arrematou.

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Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: altairtavares@diariodegoias.com.br .