Cidades

Semana começa com expectativa de acordo para o fim da greve da rede municipal de Educação em Goiânia

Com 21 dias de greve deflagrada na rede municipal de Educação de Goiânia, a segunda-feira (4) começa com grande expectativa para que seja, finalmente, firmado um acordo entre os servidores da categoria e a Prefeitura da capital. Após dias de protestos, cálculos e discussões, uma nova proposta é apreciada nesta manhã, pelos professores, em assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego).

Representantes da entidade estiveram reunidos durante toda a manhã da última sexta-feira (01), com o secretário de Educação da Prefeitura de Goiânia, Wellington Bessa, e técnicos da Secretaria de Finanças. De acordo com a presidente do sindicato, Bia de Lima, há mudanças em pontos voltados tanto para os professores, quanto para os cargos administrativos. “De fato, tiveram pequenos avanços e voltaremos a conversar até a segunda-feira. Qualquer proposta que apresentem, quem decidirá é a categoria”, enfatizou a representante, com a ressalva de que faltavam, ainda, alguns detalhes para que os percentuais pudessem ser apresentados à categoria.

“A proposta não está findada porque queremos que seja retroativa a janeiro e estamos nesse impasse. Não tivemos resposta das Finanças sobre o que está na mesa. Como não houve essa resposta, estamos aqui impedidos de dizer porque estamos nesse impasse da secretaria de Finanças. Nesse sentido, nós precisamos estar na Assembleia”, destacou Bia de Lima, após o encontro.

Reivindicações

Os profissionais da Educação de Goiânia reivindicam, desde o início do mês de março, o pagamento retroativo da data-base, além do reajuste do piso salarial, plano de carreira dos administrativos, dentre outros benefícios, como auxílio transporte, concurso público, gratificação dos diretores e quinquênio.

A categoria cobra o pagamento integral do reajuste do piso nacional do magistério, de 33,24%. O Paço Municipal propôs, porém, desde o início, o percentual de 7,5% para reajuste no piso e 9,3% para os administrativos, que referem-se ao período de 2020-2022. Depois de uma reunião no último dia 9, a proposta aumentou para 9,3% no reajuste do piso, mantendo-se o valor também para os administrativos. A categoria, porém, rejeitou.

Respostas

Em nota divulgada no último dia 31, a Secretaria Municipal de Educação (SME) afirmou que, após discussões com representantes do setor, novos cálculos estariam sendo feitos pela Secretaria Municipal de Finanças (Sefin), com o intuito de alcançar um acordo. A pasta alegou compreender as demandas dos servidores, com a ressalva de que os novos cálculos estariam levando em consideração a capacidade orçamentária e o limite prudencial da folha de pagamento do município, para chegar a um denominador comum.

Com relação ao piso do magistério, a SME esclareceu que a gestão municipal cumpriria integralmente o piso atualizado em 2022 pelo Governo Federal, com o reajuste de 33,2%. 

Manifestações

Durante o período de reivindicações e paralisação, os profissionais da Educação da rede municipal de Goiânia seguiram em constante realização de protestos, de forma organizada e pacífica, pelas ruas e órgãos da capital, na tentativa para que seus pedidos fossem atendidos. A categoria solicitou, inclusive, apoio da Câmara Municipal de Goiânia e do Ministério Público de Goiás (MP-GO).

Na última quinta-feira (31), entretanto, houve um embate de manifestantes com o prefeito Rogério Cruz e a Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Goiânia. Em protesto na inauguração do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) na Vila Areião, um profissional da Educação subiu sobre o veículo do chefe do Executivo, em sua saída do local.

Antes disso, outro servidor fazia, de acordo com a GCM, ameaças, além de jogar água sobre o prefeito. A equipe da Guarda Civil Metropolitana acabou interveio e deteve os servidores para a Central de Flagrantes. Após o episódio, o prefeito manifestou, por meio das redes sociais, repúdio aos atos e prometeu a apresentação da nova proposta, para o retorno integral das aulas da rede municipal.

Mel Castro

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