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Sem-teto promovem ocupações simultâneas no Distrito Federal

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocupam, desde a madrugada de ontem (7), seis terrenos no Distrito Federal. As ações ocorrem nas cidades de Brazlândia, Ceilândia, Planaltina, Recanto das Emas, Samambaia e Taguatinga. As cidades ficam a cerca de 30 quilômetros de Brasília, exceto Brazlândia, 50 quilômetos distante da capital federal.

Segundo o MTST, há pelo menos 1,5 mil famílias envolvidas nas ocupações. A Secretaria de Segurança Pública do DF, no entanto, estima que 500 famílias participem dos atos. Os sem-teto reivindicam a destinação de terrenos da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) para moradia popular, a melhoria de serviços públicos e a construção de empreendimentos do Programa Minha Casa, Minha Vida para a população de baixa renda.

O movimento pede a auditoria nos leilões da Terracap para verificar que terrenos podem ser destinados à moradia popular. “A pauta é simples. O Distrito Federal tem um déficit habitacional de 350 mil famílias. Não queremos enfraquecer o Governo do Distrito Federal. Apenas trazer uma demanda que ele não conhece, que é a garantia de moradia digna para a população de baixa renda”, declara Edson Silva, da Coordenação Nacional do MTST.

Segundo o coordenador dos sem-teto, os empreendimentos habitacionais do governo do Distrito Federal são voltados para a classe média, não para a população de menor renda. “Os projetos habitacionais no Distrito Federal são todos voltados para famílias com renda de três a cinco salários mínimos. Não existem nada para quem ganha menos de três salários mínimos”, diz Silva. O movimento pede prioridade às famílias de baixa renda na lista de espera dos programas habitacionais do DF.

Em relação ao Minha Casa, Minha Vida, o movimento pede a construção de empreendimentos por meio da modalidade entidades, quando as unidades são destinadas a cooperativas habitacionais. De acordo com Silva, atualmente no DF o programa federal constrói moradias apenas por meio do Fundo de Arrendamento Residencial, modalidade em que os governos locais pegam dinheiro do fundo para construir imóveis para famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil.

Em Ceilândia, a ocupação ocorre num terreno ao lado do novo Centro Administrativo do Governo do Distrito Federal, obra inacabada que abrigará todas as secretarias do governo local. Até o início da tarde, havia cerca de 50 barracas de lona no local, porém mais famílias iam chegando à ocupação.

Em Taguatinga, a ocupação ocorre em espaços ociosos no Mercado Sul, centro comercial construído nos anos 1950, antes da inauguração de Brasília, e hoje semiabandonado. Há 20 anos, o espaço começou a ser usado para eventos culturais. Em parceria com o Coletivo Mercado Sul Vive, movimento de resistência cultural, os sem-teto reivindicam o reconhecimento do Mercado Sul como patrimônio cultural imaterial do DF e a desapropriação de áreas ociosas.

Hoje à tarde, os sem-teto se reúnem com representantes da Secretaria de Habitação do Distrito Federal. Caso não tenham as reivindicações atendidas, eles prometem manter as ocupações por tempo indeterminado. “Não adianta eles fazerem promessas para daqui a dois anos. Queremos ações imediatas”, diz Silva.

Com informações da Agência Brasil

Laura Santos Braga

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