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Categorias: Esportes
| Em 6 anos atrás

Sem saber se fica no Fortaleza, Ceni fala em ‘dilema’ e projeta novo cenário para 2019

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Além da busca pelo título inédito da Série B, outro tema domina o noticiário do Fortaleza após a confirmação do acesso à elite do futebol brasileiro: a permanência ou não de Rogério Ceni, um dos símbolos da campanha do time tricolor na competição nacional. Por enquanto, porém, nem mesmo o próprio técnico sabe o que lhe aguarda para a próxima temporada. Ao menos é o que afirmou o treinador em entrevista ao canal Sportv, na tarde desta terça-feira (7).

De acordo com Rogério Ceni, que tem contrato com o Fortaleza apenas até o fim deste ano, muita coisa será colocada na balança para que seja definida -ou não- a sua permanência no comando do clube cearense. Algo que já passa na cabeça do treinador é o quão diferente será a próxima temporada no que diz respeito ao cenário que o Fortaleza estará inserido.

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“É um dilema grande para mim A torcida tem acolhido a gente com muito carinho, sabe? Você vê o Castelão com 50 mil pessoas, o que eles fazem a cada jogo… Mexe. Por mais que você tenha vivido no futebol 28 anos, é algo especial. Você tem que sentar e ver a expectativa do Fortaleza para o ano que vem. Temos que entender que dificilmente vamos figurar na liderança do campeonato, durante 33 de 35 rodadas. Temos que olhar a Série A” alertou.

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“Quantas vitorias têm as equipes que brigam embaixo? Hoje estamos com 19, 20 vitórias na Série B. É uma competição diferente. Um clube de massa como o Fortaleza, o torcedor fica empolgado e tem carinho. Mas e quando for o inverso, como será a reação? Tudo isso tem que ser colocado na balança. Temos tentado melhorar bastante coisa, estou disposto a colaborar para deixar o maior legado possível”, acrescentou.

Sem fazer alguma ligação com o seu futuro como técnico, Rogério Ceni elegeu o que lhe daria mais prazer para a próxima temporada na hora de definir o elenco para 2019.

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“Acho mais gostoso poder montar um time desde o zero, mas é muito legal montar uma equipe que vem de um ano para o outro. Se essa equipe for boa, tiver talentos, você agregar uma ou outra peça. Mas começar do zero também é fascinante, muda muito mais o trabalho. Em novembro, dezembro, antes de assinar, olhei mais ou menos 150 jogadores, gastei 40 horas de vídeo com os analistas, até 2h ,3h da manhã”, recordou.

“Para a contratação, tentei auxiliar, liguei para a maioria deles. Gastei mais umas 20 horas de telefone, das quais 15h eu perdi. Perdi para Goiás, São Bento, para times que estão na região de SP. As vezes o teu apelo não é suficiente para que o cara compre uma ideia num estado que é mais reconhecido. Os que eu trouxe valeram muito a pena. Na verdade, no fundo, o treinador tem a sua importância, mas quem decide é o atleta dentro de campo”, seguiu Ceni.

Segundo Rogério Ceni, o planejamento inicial do Fortaleza era apenas figurar na primeira página entre os times da Série B. Porém, um gol de falta de Gustagol logo na primeira rodada da competição nacional -contra o Guarani- fez o grupo se encher de confiança para buscar objetivos maiores.

“Quando me referi a ser campeão, pensava muito no Campeonato Cearense, para ser sincero. Eu achava que poderia montar um time para chegar à final com o Ceará, sabendo que o Ceará tinha uma estrutura superior, uma cota diferente de TV da Série B. Sabia que seria o grande desafio. Achava que o desafio era levar o time à final do Cearense, e aí tentar, mesmo inferiorizado em número de jogadores, elenco enxuto, seria possível vencer”, disse.

“O planejamento da Série B sempre foi figurar na primeira página. E o gol do Gustavo contra o Guarani, na primeira rodada, que nunca tinha feito um gol de falta, mudou nossa história na Série B. Até a minha. Foi o combustível para começar essa caminhada. Chegar com quatro rodadas de antecedência ao acesso, com apenas Coritiba e Goiás tendo uma cota maior de televisão, você subir é algo inesperado, por mais que eu acredite muito no grupo de trabalho, na comissão, na dedicação de todos. É algo surpreendente”, declarou.

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