Goiânia

Sem proposta do município, servidores administrativos param na segunda-feira, 2

Os servidores administrativos da Rede Municipal de Educação de Goiânia entram em greve a partir de segunda-feira, 2. A greve foi aprovada em assembleia da categoria na manhã desta sexta-feira, 29, realizada no Cepal do Setor Sul.

A categoria é formada por porteiros, merendeiras, servidores das secretarias escolares, auxiliares de sala e servidores da limpeza de escolas, creches e Cmeis da capital.

Os trabalhadores reivindicam o pagamento da data-base da categoria, que era realizado entre os meses de janeiro a maio, mas ainda não ocorreu este ano.

Também reivindicam plano de carreira e uma equiparação no valor do Auxílio Locomoção com os demais servidores da área.

Posição da Secretaria

O Diário de Goiás buscou um posicionamento da Secretaria Municipal de Educação a respeito das reivindicações e da greve. Em nota (leia a íntegra abaixo) o órgão aponta queda nos repasses do governo federal. Também diz que está dialogando, mas não cita qual a proposta do município para evitar a greve, embora aponte risco de prejuízo à população.

“(…) uma paralisação pode afetar estudantes, interferindo no processo de ensino-aprendizagem no momento em que estão recuperando as aprendizagens perdidas na pandemia, e suas famílias, que dependem do acolhimento das unidades de ensino para que possam desenvolver suas atividades diárias”, diz a resposta.

Assembleia na quarta

Nova Assembleia já foi convocada para quarta-feira, 4, às 9h, na Câmara Municipal. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) informou que a decisão pela greve foi devido à “falta de proposta da Secretaria”.

O sindicato cumpriu a exigência legal e a presidente, Bia de Lima, que também é deputada estadual pelo PT, comunicou a Secretaria de Educação hoje mesmo sobre a suspensão nas atividades.

Entre 3 e 4 mil servidores formam a categoria, segundo estimativa do Sintego. São trabalhadores que recebem os menores salários na Educação, muitos na faixa do salário mínimo (R$ 1.320,00).

Conforme o sindicato, entre 40 e 50% dos administrativos seriam contratados e os demais concursados, entre os quais a adesão tradicionalmente é significativa.

Atividades podem ficar comprometidas

Mesmo que a adesão não atinja todos os concursados, a greve pode comprometer as atividades porque os administrativos também trabalham por turno.

Desta forma, a produção da merenda, a limpeza e a portaria, por exemplo, podem ser muito afetadas, inclusive em unidades mais sensíveis, como as creches municipais e os Cmeis, que recebem crianças menores de 5 anos de idade.

Confira a íntegra da nota da Secretaria

A Prefeitura de Goiânia esclarece que a valorização dos profissionais é uma prioridade da gestão, e avalia com responsabilidade fiscal, orçamentária e técnica as demandas apresentadas pelos profissionais administrativos da educação, e segue em diálogo com a categoria, com mais uma reunião realizada nesta sexta-feira (29/9).

O município esclarece que, em decorrência da queda dos repasses do Governo Federal, as projeções apontam menor arrecadação dos municípios em todo país, o que prejudica o equilíbrio financeiro, além de impactar no limite prudencial de despesa com pessoal estabelecido em lei.

A atual gestão garante direitos adquiridos dos servidores, e investiu na criação do auxílio locomoção de R$300, quitação de três data-base, pagamento da folha dentro do mês trabalhado e chamamento de aprovados no concurso. Além disso, uma comissão foi criada para reformular o plano de carreira da categoria.

A gestão municipal reforça a importância do trabalho desenvolvido por todos servidores, e avalia que uma paralisação pode afetar estudantes, interferindo no processo de ensino-aprendizagem no momento em que estão recuperando as aprendizagens perdidas na pandemia, e suas famílias, que dependem do acolhimento das unidades de ensino para que possam desenvolver suas atividades diárias.

Marília Assunção

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. Também formada em História pela Universidade Católica de Goiás e pós-graduada em Regulação Econômica de Mercados pela Universidade de Brasília. Repórter de diferentes áreas para os jornais O Popular e Estadão (correspondente). Prêmios de jornalismo: duas edições do Crea/GO, Embratel e Esso em categoria nacional.

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