A instalação de Ecopontos em Goiânia foi debatida em audiência Pública realizada na Câmara Municipal de vereadores. A Prefeitura da capital pretende implantar em áreas públicas espalhadas pela cidade. A intenção é de se criar de 12 a 14 espaços para que a população tenha condições de fazer o descarte correto de resíduos. Moradores reclamam que o Poder Executivo não tem discutido o assunto.
Um dos locais previstos para se instalar um dos Ecopontos é em uma área na Avenida Uberaba com a Rua Ubá no Jardim Guanabara 1, região norte da capital. O presidente da associação de moradores, Johnny Santos, entende que o projeto é importante, mas que a área escolhida é inadequada, já que fica ao lado de uma escola infantil. Ele teme que a instalação do ecoponto neste local possa trazer inúmeros prejuízos a população.
“A área que eles escolheram no Jardim Guanabara está do lado de uma creche, a um ginásio, próximo a um calçadão de caminhada e da principal avenida do bairro. O local não será coberto, há promessa de que os resíduos serão recolhidos diariamente, mas a prefeitura não consegue recolher nem mesmo o lixo orgânico no dia a dia”, questiona o presidente da Associação.
O morador explicou que autoridades repassaram informação de que inicialmente a área seria destinada para construção da Associação de Idosos no bairro, mas atualmente a previsão é que fosse feita uma feira coberta.
O vereador Jorge do Hugo (PSL) que compõe a base do prefeito Paulo Garcia (PT) na Câmara Municipal de Goiânia, relatou que ele já havia feito pedido ao prefeito para a construção da feira nesta área e que houve resposta do executivo da destinação do espaço para esta finalidade. Ele pretende procurar a Prefeitura para fazer nova solicitação. Ele também não concorda com a instalação do Ecoponto na área citada pelos moradores.
Já a vereadora Cristina Lopes (PSDB) avalia que o projeto é positivo, já que hoje materiais como móveis velhos, eletrodomésticos, restos de construção são jogados de forma inadequada em diversos espaços na cidade. No entanto, ela faz algumas ressalvas. Primeiro que a prefeitura deveria mudar a destinação da área. Segundo que o Município deveria explicar como será o funcionamento. O temor é que um Ecoponto vire um lixão a céu aberto.
“A discussão é onde serão instalados os Ecopontos. Como vai funcionar. Quais funcionários estarão monitorando. Nosso grande medo é que se tornem pequenos lixões. Em outras cidades isto ocorreu. Estes terrenos são públicos e tem uma destinação primária, precisamos destinar áreas específicas para esta finalidade”, explica a parlamentar.
A assessora técnica da Diretoria de Operações da Comurg, Renata Mota, explicou durante a audiência que as áreas serão cercadas e muradas. Ela informou que são grandes áreas, acima de 800 metros quadrados.
O vereador Djalma Araújo (Rede) questionou quanto a licenças ambientais. Para o parlamentar se um empreendimento privado precisa ter autorização do município, com o poder público não é diferente.
A assessora técnica da Diretoria de Operações da Comurg, Renata Mota afirmou que para algumas áreas já há estudo para liberação de licenças ambientais em algumas das áreas. Ela informou também durante a audiência que a intenção é de fazer um trabalho de educação ambiental.
“Seria feito um trabalho de educação ambiental no bairro, posteriormente notificações para fazer o descarte correto, no ecoponto. Caso não faça desta forma seria multado”, destacou a técnica.
A assessora técnica informou que o projeto ainda está em fase de estudos. Foi informado que desde 2007 a prefeitura estuda a implantação dos Ecopontos.