O Secretário de Assuntos Federativos da Presidência da República, o goiano Olavo Noleto (PT), reagiu com polidez e classe à declaração do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), contra Lula. No fim de semana, durante discurso inflamado em convenção nacional tucana, Perillo chamou Lula de “canalha”. “Nunca foi tão difícil fazer oposição ao maior canalha deste país”, vociferou.

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Já Noleto, em entrevista ao Papo Político, da CBN Goiânia, preferiu não reverberar a declaração que, para ele, foi “no mínimo, infeliz”. “O presidente Lula, se não é o maior personagem político da nossa história, é um dos maiores. Ele entra para a história como quem libertou milhões de brasileiros da miséria. É um operário que dobrou o número de vagas nas universidades”, contrapôs, citando os feitos do petista, em entrevista à reporter Fabiana Pulcinelli e à Luiz Geraldo, disponível na íntegra na página da CBN Goiânia.

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Ele lembrou que mesmo a relação de Lula e o tucano Fernando Henrique Cardoso – ambos governaram o país por dois mandatos, não tem histórico de desrespeito. “Lula e FHC, que são grandes adversários políticos, nunca trocaram esse tipo de acusação. Existe um respeito a história de cada um. O embate político é feito com veemência do ponto de vista de projetos”.

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Noleto ainda “cobrou” um pedido de desculpas de Perillo. “Ele é governador do Estado. Está errado. Não se faz isso. Não se fala assim sobre nenhum tipo de agente público. Cabe a ele se reposicionar e pedir desculpas, ou não, eu pediria. Homem público também pede desculpas. Eu faria isso”.

Relação republicana

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O petista fez questão de ressaltar que a presidenta Dilma Roussef – sucessora e herdeira política de Lula – tem dado tratamento republicano a Goiás, com concessão de bilhões de reais em empréstimos, parcerias e investimentos.

“Goiás precisa crescer e se fortalecer. É um estado promissor, que pode no futuro ser destaque nacional e precisa chegar lá. Todos nós goianos temos que estar unidos em defesa do Estado, independente da questão partidária. Nós não estamos ajudando governante A ou B, mas o Estado. A grande política não pode se pautar por questões pequenas”, pontuou, complementando que “governo federal não faz oposição a ninguém”.

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