A insegurança em dirigir um ônibus do transporte coletivo em conjunto com a falta de perspectiva de uma vacinação para os motoristas, pode fazer com que o serviço pare nesta sexta-feira (09/04) na Região Metropolitana de Goiânia. A categoria aprovou um indicativo de greve no último sábado (03/04) e sem um norte para início da imunização, os veículos devem sequer sair de suas garagens.
Presidente do Sindicato Intermunicipal de Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo), Sérgio Reis, reforça que o pedido feito no momento não tem a ver com remunerações nem salários, mas exclusivamente com a proteção do motorista que vê no transporte público um ambiente insalubre para o trabalho. “O objetivo principal neste momento é a priorização da vacina”, pondera Reis.
Segundo o presidente de sábado para cá não houveram contatos por parte das Prefeituras da Região Metropolitana, tampouco do Estado. “A greve está mantida, 00h desta sexta-feira”, pontuou. Ele argumenta que a categoria convive com cerca de 20 mortes entre motoristas e mais de 300 contaminados desde o início da pandemia. “Nós já ultrapassamos uma média muito alta de contaminação e mortes”, argumenta.
Governo do Estado não tem previsão para vacinar motoristas
Apesar de estar inserido dentro dos diversos grupos prioritários para a vacina contra a Covid-19, os trabalhadores do transporte coletivo ainda não veem uma previsão de data por parte do Governo Estadual ou municipal. “De acordo com o Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, os trabalhadores do transporte coletivo rodoviário de passageiros integram a lista de grupos prioritários para a vacinação, mas ainda não foram contemplados para receberem as doses da vacina nesta etapa que está em andamento. Dessa forma, com o recebimento de mais imunizantes, o Estado de Goiás avançará, gradativamente, na imunização dos públicos definidos pelo governo federal”, pontuou a Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO) ao Diário de Goiás.
A pasta destaca que que os motoristas deverão ser priorizados em próximas etapas, no entanto, não há como estimar quando ela se iniciará. “Este público deverá ser priorizado nas próximas etapas da vacinação contra a Covid-19. No entanto, ainda não é possível prever uma data, visto que para isso é necessária a chegada de mais doses da vacina”, destaca.