A ausência do ex-governador Marconi Perillo (PSDB) na disputa pelo Senado foi recebida com algum alívio por partes de setores da base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil).
Por um lado, a confirmação da pré-candidatura do tucano ao governo estadual deve contribuir para que haja segundo turno, mas, por outro, deixa menos preocupante o cenário com candidaturas isoladas a senador.
“Se Marconi fosse candidato ao Senado, atrapalharia”, admite um palaciano. “É preciso reconhecer que ele tem recall e penetração no interior.”
“Se Marconi for, de fato, candidato a governador, pode até ajudar a disputa pelo Senado, desde que se saiba administrar a competição entre os candidatos isolados e que eles tenham compromisso com a reeleição de Caiado”, acrescentou.
O agora governadoriável do PSDB, vale lembrar, liderava as pesquisas para senador. Entre caiadistas, um sentimento frequente era o de que as candidaturas isoladas poderiam dividir a base e ajudar um nome de oposição.
Contudo, sem Marconi, e mesmo com João Campos (Republicanos), que é o pré-candidato ao Senado na chapa de Gustavo Mendanha (Patriota), bem-colocado, acredita-se que algum aliado de Caiado tende a despontar como favorito.
Os principais postulantes a vaga de senador pela base governista são Delegado Waldir (União Brasil), Zacharias Calil (União Brasil), Alexandre Baldy (Progressistas), Lissauer Vieira (PSD) e Luiz do Carmo (MDB).
Caiado, por sua vez, tem dado declarações cada vez mais claras sobre a busca de um consenso, no sentido de um ou outro se retirar da disputa. A leitura, em relação a isso, é a de que, no fundo, há quem desconfie que Marconi pode resolver mudar de ideia de última hora e concorrer ao Senado.