Política

Sem Jorcelino Braga, o GAP acabou, confirma Romário Policarpo

O vereador e presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (Patriota), também deu por findo o Grupo de Apoio ao Prefeito Rogério Cruz (Republicanos). A saída do marqueteiro Jorcelino Braga (PRD), noticiada no Diário de Goiás na terça-feira (26) apagou a última chama de expectativa de manutenção do GAP, como era chamado o grupo.

Em entrevista coletiva nesta quarta (27), Policarpo deixou claro que a saída de Braga representa o fim do grupo, do qual era participante junto com o marqueteiro, o prefeito e seu chefe de Gabinete, José Firmino.

Permanência não faz sentido

“Foi uma ideia dele (Jorcelino Braga) a criação do grupo. Eu já havia dito que quando ele saísse, eu também sairia. Particularmente, não vejo mais sentido em continuar um projeto que aquele que encabeçou deixa o projeto. Entendo que o grupo já não existe mais”, pontuou.

Relação com prefeito

Ele garante que isso não muda a relação com o prefeito: “Minha relação com o prefeito Rogério Cruz continua boa. Existem dois poderes na cidade: um administrado por mim e o outro por ele. Obviamente, esses poderes se conversam e eu tenho uma relação boa com o Rogério”, afiançou.

Confiança em Braga

Perguntado sobre como fica o futuro do PRD (ex-Patriota) e o futuro do vereador no partido, ele respondeu que o futuro da legenda “está nas mãos de Jorcelino Braga”. Romário Policarpo afirma que ainda não dialogou com Braga sobre até que ponto, nas palavras dele, “essa cisão” esbarra na parte política para as eleições de 2024.

Mas o parlamentar deixou claro que continua ligado ao marqueteiro. “O que posso garantir é que meu futuro político será junto de Jorcelino Braga. Não sairei de perto do presidente do meu partido. Tenho muito conforto no Patriota e vou seguir meu projeto político junto com ele. Por isso, eu preciso entender se o fim do GAP significa alguma ação para 2024. Pretendo conversar com ele pessoalmente, para tratar desse assunto”, completou.

Policarpo fez balanço

Durante a entrevista, a título de balanço de 2023, o presidente da Câmara falou de outros assuntos. Entre eles o empréstimo à Prefeitura de Goiânia e a ajuda de custo a Orquestra Sinfônica de Goiânia. Na coletiva ele não abordou as demandas relativas à Comurg que movimentou uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara Municipal durante meses.

Sobre o empréstimo ele afirmou: “É difícil falar quando você não tem acesso à chave do cofre. Não sei como andam as finanças da prefeitura. Uns falam que estão bem, outros que estão no vermelho…”, observou.

Destino do dinheiro

Na sequência, o presidente da Câmara completou dizendo que “apenas espero que as obras a serem contempladas com os recursos, sejam as que foram apresentadas no projeto. A Câmara vem reclamando sobre não haver vinculação das obras a esse empréstimo. Apesar que foi enviada a listagem de obras, vamos continuar discutindo para que os recursos sejam utilizados, exclusivamente, para o que está na matéria”, reforçou.

Ele destacou a aprovação das leis complementares do Plano Diretor, como o novo Código de Posturas da cidade, que regulamenta as atividades comerciais, industriais e de serviços na capital nos próximos anos.

Nesta semana, também de forma definitiva, foi acatado o projeto de lei complementar que trata sobre o plano diretor de arborização urbana da capital, além da matéria, em primeira votação, que dispõe sobre a outorga onerosa do direito de construir, em Goiânia.

Dessa forma, das 16 leis complementares, restam apenas três a serem votadas em segundo turno. Segundo Policarpo, a expectativa é que elas sejam levadas a plenário até fevereiro do próximo ano.

Policarpo comemorou a aprovação da ajuda de custo para a Orquestra Sinfônica de Goiânia. “Fico feliz e adianto que este é o começo da mudança que a OSGO virá a ter. Durante muitos anos a orquestra também não teve direito a correção inflacionária da data base. Esse projeto também coloca a OSGO com esse direito. E a gente espera poder votar isso o mais rápido possível, para que já em janeiro, os músicos tenham isso na folha de pagamento”, ressaltou.

Marília Assunção

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. Também formada em História pela Universidade Católica de Goiás e pós-graduada em Regulação Econômica de Mercados pela Universidade de Brasília. Repórter de diferentes áreas para os jornais O Popular e Estadão (correspondente). Prêmios de jornalismo: duas edições do Crea/GO, Embratel e Esso em categoria nacional.

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