O presidente da Agência da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia (GCM), José Eulálio Vieira, afirmou nesta sexta-feira (7) que para dar a devida segurança e apoio às escolas da capital, a administração municipal deverá fazer investimentos na estrutura das unidades de educação.
Em entrevista à Rádio Vinha FM, José Eulálio informou que depredação e furtos são mais recorrentes em escolas que têm o muro baixo ou sem portões e grades de proteção resistentes.
“Estamos trabalhando para que em todas as unidades escolares – já apresentamos projetos para a Educação – sejam colocados o videomonitoramento e melhorar a estrutura das escolas. Se não melhorar, não adianta colocar o equipamento eletrônico. Precisamos murar todas as escolas, colocar concertina, alarme e videomonitoramento. Não tem como trabalhar sem isso, até porque nosso efetivo não tem como cobrir 361 unidades escolares que existem no município”, explicou o presidente.
Para o presidente da GCM, não há dúvidas de que as pessoas que cometem esse tipo de crime podem ter alguma relação com as escolas. “Temos quase certeza que são pessoas que participam daquele ambiente escolar. Veem a fragilidade das escolas e praticam os crimes. São escolas com alambrados de tela, com muros baixos. Muitas das escolas que foram depredadas e furtadas não contavam com equipamento eletrônico, o alarme”, disse.
Segundo José Eulálio, o efetivo da Guarda não é suficiente para atender todas as demandas da capital e as demais escolas. “Nosso efetivo não é suficiente, mas com as viaturas a gente chega em tempo hábil nessas unidades escolares quando há o horário de aula. Então, as diretoras, os vizinhos nos informam e chegamos em tempo hábil para fazer essa entrada e saída, ficamos nas unidades mais preocupantes na regiões de Goiânia”.
Escolas localizadas nas regiões Oeste e Noroeste de Goiânia deverão ter reforço na segurança nos próximos meses. De acordo com o comandante, os bandidos furtam qualquer objeto que tenha valor.
“Tudo que tem nas escolas os bandidos levam. De botijão de gás a computador, tudo é retirado das escolas. A gente até orienta as diretoras, secretárias, as pessoas que trabalham nas unidades para que coloquem esses objetos, em finais de semanas e feriados, em salas mais seguras. Porque muitas vezes deixa esses equipamentos em salas fragilizadas e facilita para o meliante cometer seus delitos”.
Para melhorar a estrutura das escolas e implantar equipamentos eletrônicos a administração municipal deverá gastar aproximadamente R$ 13,8 milhões, segundo levantamento feito pela Guarda Civil Metropolitana.
“Já apresentamos projetos para a Educação e eles estão estudando a forma que vão comprar os equipamentos, que são eletrônicos, de videomonitoramento. O último levantamento que fizemos ficou em torno de R$ 13,8 milhões. Não posso dar data, mas o secretário [de Educação] apresenta grande interesse de resolver essa situação, a questão estrutural das escolas, de muros, concertina e equipamentos eletrônicos”, ressaltou.