A prefeitura de Pirenópolis iniciou no domingo (10) ações de desinfecção de áreas da cidade que têm maior aglomeração de pessoas. A higienização é feita com hipoclorito concentrado e ocorrerá todos os dias da semana, durante as madrugadas, até o fim do período de isolamento social. A prioridade é para locais que abrigam distribuidoras, supermercados e passeios públicos frequentados pela população.
Segundo o secretário de Saúde do município, Junio Capela, ainda não há casos de Covid-19 confirmados em Pirenópolis e apenas duas pessoas têm suspeita da doença. Atualmente, os testes têm sido feitos em funcionários sintomáticos da saúde. A taxa de ocupação hospitalar também é baixa, mas preocupa pela falta de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
O Hospital Estadual Ernestina Lopes conta atualmente com 34 leitos, dos quais cinco são semi-UTIs, contendo respiradores mecânicos. Também há dois ventiladores na unidade. Foram designados 12 leitos específicos para tratamento da Covid-19. Há apenas um leito de semi-UTI ocupado por um paciente que sofreu uma parada cardíaca.
Com a ameaça do coronavírus, a SMS de Pirenópolis pediu ao governador em reunião realizada com prefeitos nesta segunda-feira (11) que sejam equipadas cinco UTIs no município. Não houve uma resposta definitiva de Caiado. Para a Regional de Saúde Pirineus, a qual Pirenópolis integra, existe a promessa da construção de um Hospital de Campanha com 300 leitos em Anápolis, o que poderia absorver a demanda pirenopolina.
“Com a implantação desse hospital no Centro de Convenções, não precisaríamos nos preocupar com essas UTIs. Seria até melhor para a gente”, afirmou o secretário Junio Capela.
Economia
Segundo Capela, que participou da reunião ao lado do prefeito João do Léo, Caiado sinalizou que municípios com baixa incidência epidemiológica, caso de Pirenópolis, poderiam manter flexibilizações no comércio. Atualmente, a pedreira, que representa 30% da economia local, tem permissão para funcionar, assim como salões de beleza, barbearias, construção civil, comércio varejista e academias, todas seguindo protocolos sanitários. Bares, restaurantes, além de pousadas e o setor do turismo, inclusive com cachoeiras, permanecem fechados.
“Estamos fiscalizando lojas, bancos. As pessoas estão respeitando o distanciamento e o uso de máscaras. Do jeito que está, entendemos que podemos continuar abertos”, relata.
A fiscalização tem sido intensa. Só na última semana, segundo o secretário de Saúde, foram mais de 50 autuações. Houve um caso em que foi aplicada multa de R$ 10 mil. “Foi uma festa com pessoas de Brasília. Os moradores iam até a entrada da cidade (que está fechada para turistas) e buscavam as pessoas”, contou.
O secretário contou ainda que 3.500 famílias da cidade estão cadastradas para receber doações de cestas básicas. No entanto, a oferta é inferior à demanda. A prefeitura comprou 800 cestas básicas e arrecadou outras 1800.