A Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) se reúne novamente com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Passageiros da Região Metropolitana de Goiânia (SET) na manhã deste domingo (20). O encontro está previsto para às 10h e será virtual.
Na pauta, está a paralisação do serviço. A capital e as demais cidades da região metropolitana amanheceram sem ônibus nas ruas, com exceção das linhas do Eixo Anhanguera, no sábado (19). A situação se repete neste domingo.
CMTC e SET tiveram uma reunião ontem, mas não houve acordo entre as partes. Motoristas das quatro concessionárias privadas (Reunidas, HP, Rápido Araguaia e Cootego) não deixaram as garagens neste fim de semana. Os trabalhadores cobram o 13º salário e também uma previsão de pagamento para os vencimentos de janeiro, além do ticket alimentação.
No encontro de sábado, as empresas sugeriram que a prefeitura de Goiânia faça adesão ao plano emergencial de custeio do transporte coletivo, homologado em agosto pela Justiça.
Sindicato culpa empresas
O SindColetivo, que representa os motoristas de ônibus que atuam no transporte metropolitano de Goiânia, afirmou que os trabalhadores foram forçados a parar e que a greve “era das empresas”. Os dirigentes da entidade chamaram a paralisação de farsa.
O SET negou as acusações. ““Isso é uma inverdade. Infelizmente, o Sindicoletivo tem exatamente essa prática. A única ação do sindicato é no sentido de tentar demonstrar a categoria que tem um posicionamento firme de contestação às empresas e ao sistema de uma maneira geral, sempre com mentiras, coisas que não condizem com a realidade.”
Governo quer reunião com prefeitos eleitos
O governador Ronaldo Caiado afirmou que vai se reunir com prefeitos eleitos das cidades da região metropolitana para definir medidas que melhorem o transporte coletivo. O SET diz que o subsídio público é fundamental para manter a operação saudável.
“O transporte é muito importante para a cidade. Não existe cidade nenhuma no mundo, nem cidades muito desenvolvidas com sociedades muito mais ricas do que a nossa conseguem conviver sem transporte público. Ele é importantíssimo para as cidades e ele é viável sim, mas para ele ser viável, temos que ver ele como um transporte que precisa ser subvencionado”, argumenta o presidente do sindicato das empresas.