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Esportes
| Em 2 anos atrás

Seleção chega ao mata-mata para validar estratégia: ‘Estamos mais preparados”, diz Tite

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Foi uma caminhada tranquila, dominante rumo à fase Copa do Mundo FIFA. Já em gramados qatarianos, vieram duas vitórias contra duas equipes europeias bastante competitivas, que venceram seus grupos nas Eliminatórias. Classificação garantida, e os elogios foram muitos.

Mas, como num estalar de dedos, a Seleção Brasileira que entra no mata-mata está agora às voltas com a pressão devido a uma conjuntura que passa pela sequência de lesões e a decepção pela derrota para Camarões. O time, dá para dizer, entrou no clima de Copa do Mundo que é tradicional para uma potência acostumada não apenas a disputar o torneio, mas também a vencê-lo.

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Contra a Coreia do Sul, pelas oitavas de final, nesta segunda-feira (16h no horário de Brasília, 22h no horário local), o time tem a chance de comprovar sua maturidade e sua reserva de talento diante das incertezas que surgiram. Lembrando que concorrentes como França, Argentina e Portugal também sofreram contra zebras na primeira fase antes, mesmo vencendo suas chaves.

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“Perder é ruim, é difícil. Pode-se aprender ganhando, empatando ou perdendo? Pode. Mas temos de entender que o jogo [contra Camarões] pode trazer de benefícios à equipe. Hoje estamos muito mais preparados”, disse o técnico Tite em entrevista à FIFA, também aparado pelo iminente retorno de Neymar ao time. O meia-atacante teve ótima evolução durante a semana, após ficar fora dos confrontos com Suíça e Camarões devido a uma grave lesão no tornozelo.

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O treinador, então, continuou com seu raciocínio. “Por quê? Depois das duas primeiras partidas, todos puderam jogar. Aqueles que jogaram e foram bem estão com confiança. Aqueles que jogaram e não tiveram bom desempenho vai servir de lição para melhorarem psicológica e tecnicamente para esse jogo”, disse o comandante que, até o momento, usou 25 de seus 26 convocados — só o terceiro goleiro Weverton não foi para campo.

Além do mais, Tite também vê uma Seleção mais alerta após ver a zebra passear pelo torneio uma vez mais. “Quem não jogou fisicamente está numa melhor condição e aí em estado de alerta por não se vencer jogo antes por estar mais nome e mais história. Esse lado mental tem de estar forte, enquanto conjunto.” 

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Segunda chance

As duas primeiras rodadas da Copa foram de uma tranquilidade excepcional para um país que cobra tanto dos seus jogadores. As vitórias incontestáveis sobre Sérvia e Suíça, sem permitir aos adversários sequer uma finalização, deram ao torcedor a sensação de que o Brasil estava voando.

Mas, paralelamente, Tite precisava fazer cálculos pensando um pouco mais longe no torneio. A ocasião do jogo contra Camarões surgiu como uma oportunidade para dar um respiro à sua base titular. Ainda mais depois de ver Neymar, Danilo e Alex Sandro entregues ao departamento médico.

De todo modo, não é que o treinador e sua equipe aceitassem a derrota que veio com a cabeçada perfeita de Vincent Aboubakar nos minutos finais. “A Copa do Mundo não te dá segunda chance. Nessa ela deu. Tem que ficar sentindo por 24 horas, e depois no dia seguinte é preparação”, afirmou Tite em sua coletiva após o revés.

Dois dias depois, em entrevista coletiva, Thiago Silva ecoou o raciocínio do professor. “Agora é seguir em frente. Em 2010, eu perdi um jogo [quartas de final contra Holanda] e fui para casa. O mesmo em 2014 [semifinal contra Alemanha] e em 2018 [quartas contra Bélgica]. Em 2022, perdi e estamos nas oitavas de final. Temos de tirar lição desses momentos, nos reerguer e continuar. Vamos lutar de todas as maneiras para evitar mais um insucesso”, disse o capitão.

Quebra-cabeça

O resultado doeu na Seleção, a despeito de todo esse contexto. Ainda mais quando entenderam que Alex Telles e Gabriel Jesus engrossariam a lista de baixas, tendo sido cortados do Mundial. Ao menos para as oitavas de final ele já sabe que poderá também escalar o lateral Danilo, que não enfrentou Suíça e Camarões, recuperando-se também de uma lesão no tornozelo.

A situação mais crítica está na lateral-esquerda. Como Alex Sandro ainda não se recuperou de uma lesão muscular no quadril, o técnico brasileiro vai precisar improvisar. Danilo já chegou a atuar pelo setor com a camisa da Juventus.

Contra Camarões, Marquinhos saiu do banco de reservas para guardar posição por ali. Nesse caso, a Seleção adotou uma variação tática: com a bola, usava uma linha de três zagueiros com Bremer e Militão lhe fazendo companhia. Na hora de defender. Daniel Alves era recupado para compor uma linha de quatro. Essa é a dúvida que Tite levará para o jogo, e a comissão técnica da Coreia do Sul será obrigada a avaliar ambas as hipóteses.

(Conteúdo – Fifa)

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